Meio Ambiente: SP lança concurso de redação estudantil sobre mudança climática Redações de alunos estarão na disputa; projeto quer promover discussões socioambientais e os objetivos de desenvolvimento sustentável
A Secretaria
da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) e a Secretaria de Meio Ambiente,
Infraestrutura e Logística (Semil) lançaram nesta quarta-feira (5), Dia Mundial
do Meio Ambiente, o concurso de redação das escolas estaduais sobre mudanças
climáticas. Alunos de todos os níveis de ensino são convidados a concorrer às
premiações.
O governador
Tarcísio de Freitas, a secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística,
Natália Resende, participaram do lançamento do concurso, que integra as ações
da Semana do Meio Ambiente da Semil.
A iniciativa tem como foco compartilhar e impactar os estudantes em discussões e ações sobre o tema central, a partir dos objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU) para 2030, e de planos estaduais, como o Plano Estadual de Adaptação e Resiliência Climática (Pearc) e o Projeto Escola Mais Segura em Educação para a Redução de Riscos e Desastres.
Podem
participar do concurso estudantes do 5º ano do Ensino Fundamental
(representando os anos iniciais) até a 3ª série do Ensino Médio. Após o
lançamento, o regulamento será disponibilizado às escolas estaduais entre os
dias 17 e 28 de junho e as equipes escolares receberão orientações sobre os
temas e a participação a partir do fim do mês de julho — na volta às aulas para
o segundo semestre — e o início do mês de agosto.
Na Educação,
o concurso tem a coordenação da Escola de Formação dos Profissionais da
Educação (Efape) Paulo Renato Costa Souza e do Centro de Referência em Educação
(CRE) Mario Covas.
O diretor do CRE Mario Covas, Clayton Policarpo Vicente, destacou que as emergências climáticas têm ganhado espaço nas escolas, tanto nas abordagens teóricas, quanto nas práticas locais.
“Esse
concurso pode se tornar um instrumento pedagógico e estratégico. Escolas e
comunidades têm sido fundamentais para pensar em processos para mudar
realidades locais, o que temos visto em diversas regiões do estado”, afirma.
O professor
ainda reflete que o projeto vai além da produção textual.
“O concurso
propõe exaltar e incentivar ações nas escolas que formem cidadãos conscientes
em um mundo em mudança climática. Também busca demonstrar práticas
sustentáveis, engajamento comunitário e promover um ambiente de aprendizado e
ações positivas para o meio ambiente”, continua.
Na Educação,
o concurso será composto por três fases: a fase da escola, da diretoria
regional de ensino e a fase estadual, com seleção pela equipe técnica da
Seduc-SP. Posteriormente, os trabalhos serão avaliados pela equipe da Semil, em
etapa final antes das premiações e decisiva para a escolha dos três medalhistas
de cada categoria, por nível de ensino.
A premiação
está prevista para o fim do ano e deve acontecer entre o fim de outubro e o mês
de dezembro. Estudantes, seus professores orientadores e suas escolas devem ser
contemplados.
Exemplo no
‘quintal’ da escola
Estudantes
da Escola Estadual Professora Alzira Valle Rolemberg, localizada em São José do
Rio Preto (a 438 quilômetros da capital), já têm histórias para contar e
argumentos para a redação. A unidade está no centro de um projeto
socioambiental de resgate do córrego Piedadinha, na cidade de São José dos
Campos.
Desde junho de 2022, quando o projeto teve início, a escola já fez o plantio de 600 mudas de espécies nativas do cerrado e da mata atlântica e prefeitura da cidade asfaltou a rua em frente à nascente, construiu uma pista de corrida e ciclismo no entorno, fez a limpeza do córrego e implementou um muro de gabião, que possibilita a drenagem do solo.
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