Em janeiro, a confiança na indústria brasileira sofreu uma queda significativa, afetando 24 dos 29 setores analisados. Essa situação representa o maior número de setores sem confiança desde junho de 2020, conforme revela o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) Setorial da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O levantamento divulgado nesta quarta-feira (29) abrangeu 1.812 empresas, foi realizado entre os dias 7 e 17 de janeiro.
“Quando a
falta de confiança é disseminada, a indústria fica mais cautelosa como um todo.
Na indústria, existe muito encadeamento entre os setores. Por isso, a falta de
confiança em um setor afeta a confiança e, assim, as decisões de outro. Numa
situação de falta de confiança ampla, não existem setores que se destacam e
que, eventualmente, poderiam sustentar não só a própria atividade, mas de
outros setores de sua cadeia produtiva”, analisa Marcelo Azevedo, gerente de
Análise Econômica da CNI.
A
desconfiança se espalhou por todas as regiões do país e entre empresas de
diferentes tamanhos, com as pequenas empresas sendo as mais impactadas,
apresentando uma redução de 2,8 pontos.
A pesquisa
identificou que sete setores passaram de um estado de confiança para a falta
dela, enquanto apenas um setor, o de produtos diversos, conseguiu se tornar
confiante. O total de setores sem confiança subiu de 17 para 23, enquanto os
que mantiveram a confiança caíram de 11 para apenas 5. Essa mudança acentuou a
preocupação com a situação econômica atual.
As regiões
Norte e Centro-Oeste foram as que mais sentiram a queda na confiança, com
diminuições de 3,3 e 2,9 pontos, respectivamente. A pesquisa revelou que todas
as regiões do Brasil, exceto o Nordeste, enfrentaram uma falta de confiança
significativa.
*JP
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