O resultado
esperado de 2024 fica 22,7 milhões de toneladas abaixo da colheita de 2023, que
alcançou 315,4 milhões de toneladas. A última vez que o Brasil experimentou
queda na safra foi em 2021, com recuo de 0,4%.
O LSPA é uma
estimativa mensal do IBGE para a área plantada e a produção agrícola
brasileira. Esta foi a 12ª edição referente a 2024, ou seja, o prognóstico
final para a safra do ano. O tamanho real da safra brasileira será informado
pelo instituto na Pesquisa Agrícola Municipal, que será divulgada apenas em
setembro.
Apesar do
recuo na produção, a LSPA indica que a área colhida em 2024 alcançou 79 milhões
de hectares (para se ter uma ideia, os estados de São Paulo e Minas Gerais
somam extensão territorial de 85,3 milhões de hectares), crescimento de 1,6% em
relação a 2023. Isso representa uma área colhida 1,2 milhão de hectares maior,
ou seja, além da produção, caiu a produtividade da safra.
De acordo
com o gerente de agricultura do IBGE, Carlos Guedes, questões climáticas
explicam a queda na produtividade. “Houve atraso no plantio da soja por
problemas climáticos, principalmente nas regiões Centro-Oeste e Sul. Houve
excesso de chuvas no Sul do país, com as enchentes no Rio Grande do Sul, que
destruíram algumas lavouras de arroz, soja e milho 1ª safra [o cereal tem duas
safras anuais]. Isso sem contar as altas temperaturas e poucas chuvas na 2ª
safra, afetando o milho e o trigo”, explicou.
Produtos
A soja é o
principal produto agrícola brasileiro, com produção estimada de 144,9 milhões
de toneladas. Em seguida, figura o milho, como 114,7 milhões. O arroz, com 10,6
milhões de toneladas é o terceiro principal produto. Juntos, os três alimentos
representam 92,3% da estimativa da produção e 87,2% da área a ser colhida.
Analisando
estado por estado, o levantamento revela que o Mato Grosso é o maior produtor
nacional de grãos, com participação de 31,4%, seguido por Paraná (12,8%), Rio
Grande do Sul (11,8%) e Goiás (11,0%).
Em relação
às regiões, o Centro-Oeste lidera a produção de cereais, leguminosas e
oleaginosas, com 144,6 milhões de toneladas (49,4% do total). Em seguida
aparecem o Sul, com 78,3 milhões de toneladas (26,8%); o Sudeste, com 25,8
milhões de toneladas (8,8%); o Nordeste, com 25,8 milhões de toneladas (8,8%);
e o Norte, 18,2 milhões de toneladas (6,2%).
Estimativa para 2025
O IBGE
divulgou também um prognóstico para a safra 2025. De acordo com o levantamento,
a safra brasileira de 2025 deve somar 322,6 milhões de toneladas, uma alta de
10,2% em relação à de 2024 – 29,9 milhões de tonelada a mais.
De acordo com Guedes, o crescimento se deve à recuperação da safra de soja, que passou por muitos problemas em 2024. “Isso se soma às condições climáticas favoráveis às lavouras na maior parte do Brasil, mesmo com atraso no início do plantio. Os produtores conseguiram recuperar o atraso, utilizando-se de alta tecnologia. Tem chovido de forma satisfatória na maioria das regiões produtoras, o que beneficia as lavouras que estão em campo, como a soja e o milho de 1ª safra”, completou.
Comentários
Postar um comentário
Olá, agradecemos a sua mensagem. Acaso você não receba nenhuma resposta nos próximos 5 minutos, pedimos para que entre em contato conosco através do WhatsApp (19) 99153 0445. Gean Mendes...