O mês de
janeiro é marcado pela campanha "Janeiro Verde" - dedicada à
conscientização desse que é o terceiro tumor maligno mais frequente nas
mulheres brasileiras. A taxa de
mortalidade por câncer do colo do útero, ajustada pela população mundial, foi
de 4,60 óbitos para cada 100 mil mulheres, em 2020, segundo o Iarc/OMS.
De acordo
com Rodrigo Nascimento, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia
Oncológica (SBCO), há atualmente várias opções de tratamento como a cirurgia,
radioterapia, quimioterapia, sendo que cada paciente tem indicações específicas
a depender do caso. “Antes mesmo de falarmos sobre os avanços nas diferentes
modalidades de tratamento, devemos reforçar o papel da prevenção, pois o câncer
do colo do útero é uma doença evitável”, comenta.
O câncer do
colo do útero é considerado como o mais evitável de todos, especialmente com a
vacinação contra o papilomavírus humano (HPV), transmitido sexualmente, e
responsável por mais de 90% dos casos de câncer de colo do útero. Para o qual,
há vacina gratuita disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2014, além
da realização do exame de papanicolau que permite detectar lesões pré-câncer e
o exame molecular HPV-DNA, incorporado no SUS em 2024, que possibilita
identificar a presença de HPV de alto risco antes da infecção causar uma lesão
pré-câncer.
Ainda, em
2024, o Ministério da Saúde mudou a estratégia ao invés de duas doses. Agora é
dose única. “Estamos diante de um cenário em que é possível o combate e
controle do câncer de colo de útero, a equação que parece simples torna-se
muito complexa já que o país ainda apresenta o câncer de colo de útero como a
terceira causa de morte entre as mulheres. Isso pode estar relacionado com a
falta de adesão à vacina contra o HPV, disponível nos postos públicos e a
dificuldade de acesso ao papanicolau, principalmente, nas regiões mais pobres
do país. Isso faz com que o Brasil ainda esteja longe da meta da OMS, que busca
erradicar a doença até 2030”, explica.
De acordo
com o Inca, as taxas de sobrevida em cinco anos, para mulheres diagnosticadas
em estágios iniciais, podem ultrapassar 90%, uma estatística que destaca a
importância do acompanhamento médico regular. “A cirurgia, combinada com o
diagnóstico precoce e o tratamento adequado, oferece altas taxas de cura nos
estágios iniciais”, informa Rodrigo.
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