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Vacina HPV e papanicolau são essenciais contra o câncer do colo do útero

Apesar dos avanços na prevenção e tratamento, espera-se que aumente o número casos de câncer do colo do útero, também conhecido como câncer cervical, em 2025 no Brasil, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Pelo menos seis mil brasileiras morrem a cada ano em decorrência da doença. O Ministério da Saúde estima que de 2023 a 2025, cerca de 17 mil pacientes sejam diagnosticadas com o tumor.

O mês de janeiro é marcado pela campanha "Janeiro Verde" - dedicada à conscientização desse que é o terceiro tumor maligno mais frequente nas mulheres brasileiras.  A taxa de mortalidade por câncer do colo do útero, ajustada pela população mundial, foi de 4,60 óbitos para cada 100 mil mulheres, em 2020, segundo o Iarc/OMS.

De acordo com Rodrigo Nascimento, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), há atualmente várias opções de tratamento como a cirurgia, radioterapia, quimioterapia, sendo que cada paciente tem indicações específicas a depender do caso. “Antes mesmo de falarmos sobre os avanços nas diferentes modalidades de tratamento, devemos reforçar o papel da prevenção, pois o câncer do colo do útero é uma doença evitável”, comenta.

O câncer do colo do útero é considerado como o mais evitável de todos, especialmente com a vacinação contra o papilomavírus humano (HPV), transmitido sexualmente, e responsável por mais de 90% dos casos de câncer de colo do útero. Para o qual, há vacina gratuita disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2014, além da realização do exame de papanicolau que permite detectar lesões pré-câncer e o exame molecular HPV-DNA, incorporado no SUS em 2024, que possibilita identificar a presença de HPV de alto risco antes da infecção causar uma lesão pré-câncer.

“A vacinação contra o HPV é recomendada para meninas e meninos entre 9 e 14 anos, e é uma das estratégias mais eficazes para prevenir a infecção pelo vírus. O exame papanicolau deve ser realizado anualmente por mulheres a partir dos 25 anos, para detectar alterações precoces nas células do colo do útero, antes que evoluam para o câncer”, explica Rodrigo. A vacina contra HPV administrada antes que a pessoa tenha contato com o vírus garante, praticamente, 100% de proteção a essa infecção.

Ainda, em 2024, o Ministério da Saúde mudou a estratégia ao invés de duas doses. Agora é dose única. “Estamos diante de um cenário em que é possível o combate e controle do câncer de colo de útero, a equação que parece simples torna-se muito complexa já que o país ainda apresenta o câncer de colo de útero como a terceira causa de morte entre as mulheres. Isso pode estar relacionado com a falta de adesão à vacina contra o HPV, disponível nos postos públicos e a dificuldade de acesso ao papanicolau, principalmente, nas regiões mais pobres do país. Isso faz com que o Brasil ainda esteja longe da meta da OMS, que busca erradicar a doença até 2030”, explica.

De acordo com o Inca, as taxas de sobrevida em cinco anos, para mulheres diagnosticadas em estágios iniciais, podem ultrapassar 90%, uma estatística que destaca a importância do acompanhamento médico regular. “A cirurgia, combinada com o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, oferece altas taxas de cura nos estágios iniciais”, informa Rodrigo.

 


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