A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou, nesta
terça-feira (18), uma denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o
ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 33 pessoas, acusando-os de tentativa de
golpe de Estado em 2022. A denúncia aponta que Bolsonaro liderou uma
organização criminosa com o objetivo de abolir violentamente o Estado
Democrático de Direito e manter-se no poder de forma autoritária.
Entre os denunciados estão o ex-ministro e ex-candidato a
vice-presidente, general Walter Braga Netto, e o ex-ajudante de ordens de
Bolsonaro, Mauro Cid. A PGR afirma que, além de planejar a decretação de estado
de sítio e a implementação de uma Garantia da Lei e da Ordem (GLO), Bolsonaro
possuía um discurso preparado para ser proferido caso o golpe fosse
bem-sucedido. Esse documento foi encontrado na sede do Partido Liberal, na sala
do ex-presidente, e também no celular de Mauro Cid.
A denúncia destaca que o discurso evidencia o completo
conhecimento de Bolsonaro sobre as ações da organização criminosa e sua
intenção de permanecer no poder de maneira autoritária. A PGR ressalta que o
ex-presidente adotou uma postura crescente de ruptura com a normalidade
institucional durante seu mandato, expressando descontentamento com decisões de
tribunais superiores e com o sistema eleitoral eletrônico vigente.
Agora, cabe ao STF decidir se aceita a denúncia e inicia o processo penal contra Bolsonaro e os demais acusados.
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