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Relatório revela aliança entre PCC e Comando Vermelho; assista reportagem

Um relatório recente da Secretaria Nacional de Políticas Penais do Ministério da Justiça revelou uma aliança inédita entre as duas maiores facções criminosas do Brasil: o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV). O documento, obtido pelo Fantástico, detalha ações coordenadas das duas organizações visando flexibilizar o tratamento de presos de alta periculosidade no sistema penitenciário federal.

Unificação de Defesa Jurídica

De acordo com o relatório, líderes do PCC e do CV estão promovendo a unificação de seus advogados. Essa estratégia tem como objetivo fortalecer as facções para, principalmente, atender às demandas dos chefes encarcerados em presídios federais. Gravações autorizadas judicialmente revelaram conversas entre presos e seus defensores no "parlatório" — espaço destinado a encontros entre detentos e advogados — indicando essa coordenação.

Mobilização por Direitos dos Presos

O relatório aponta que membros do PCC estão coletando assinaturas para um abaixo-assinado que busca flexibilizar as rígidas normas do sistema penitenciário federal. O objetivo é permitir, por exemplo, o retorno das visitas com contato físico. Atualmente, os detentos cumprem pena em regime disciplinar diferenciado, permanecendo isolados em celas individuais, com apenas duas horas diárias de banho de sol e visitas restritas, sem contato físico.

Possível Trégua nas Ruas

Além da cooperação jurídica, há indícios de que a aliança entre PCC e CV esteja se estendendo para fora dos presídios. Autoridades investigam mensagens de texto que sugerem uma trégua entre as facções, proibindo confrontos entre seus membros em todo o país. Embora a autenticidade dessas mensagens ainda não tenha sido confirmada, o promotor Lincoln Gakiya, que investiga o PCC há mais de duas décadas, afirma que a trégua já está em vigor nas principais capitais, como Rio de Janeiro e São Paulo.

Implicações da Aliança

Especialistas alertam que essa união pode resultar no fortalecimento do tráfico internacional de drogas e armas, além de um compartilhamento de rotas ilícitas, ampliando o poder dessas organizações criminosas. David Marques, coordenador do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, destaca que o desafio do Estado brasileiro em relação a essas facções vai além da pacificação entre elas, envolvendo a proteção das instituições democráticas.

Assista à reportagem completa do Fantástico:




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