Doenças do Coração em Mulheres: Sintomas Podem ser Diferentes Atrasas o Diagnóstico - Cardiologista Dr. Elzo Mattar alerta para sinais pouco conhecidos do infarto feminino
As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte
entre mulheres no Brasil e no mundo. No entanto, muitos ainda acreditam que os
problemas do coração afetam mais os homens, o que pode levar a diagnósticos
tardios e a um aumento da mortalidade feminina por infarto. A razão para isso
está, em parte, nas diferenças nos sintomas apresentados pelas mulheres em
relação aos homens, o que dificulta a identificação rápida do problema.
O cardiologista Elzo Mattar explica que, enquanto os homens
costumam sentir dores no peito intensas e irradiadas para o braço esquerdo, as
mulheres podem apresentar sintomas mais sutis. "Elas frequentemente
relatam cansaço extremo, falta de ar, tontura, enjoo e dor no maxilar ou nas
costas. Esses sinais são menos associados ao infarto e, por isso, muitas acabam
ignorando-os ou tratando como algo passageiro", alerta o especialista.
Segundo estudos, até 50% das mulheres que sofrem um infarto
não apresentam a dor clássica no peito. Em vez disso, podem sentir fadiga
excessiva, suor frio repentino, sensação de indigestão, náusea, palpitações e
uma pressão no tórax. Essa manifestação atípica contribui para que muitas
demorem a buscar ajuda médica. "Muitas vezes, elas acham que estão apenas
cansadas ou com algum problema digestivo, como refluxo. Esse atraso na busca
por atendimento pode ser fatal, pois o tempo é um fator crucial para evitar
sequelas graves ou mesmo a morte", destaca Mattar.
Fatores culturais e sociais também influenciam na demora para
procurar socorro. Muitas mulheres priorizam o cuidado com a família e minimizam
seus próprios sintomas. Além disso, a falta de informação sobre os sinais
específicos do infarto feminino contribui para essa demora. "A
conscientização é essencial. Mulheres precisam entender que o infarto também as
afeta e que os sinais podem ser diferentes dos homens. Qualquer sintoma incomum
ou persistente deve ser avaliado rapidamente por um profissional de
saúde", reforça o cardiologista.
O estilo de vida é um fator determinante na saúde
cardiovascular das mulheres. Alimentação equilibrada, atividade física regular,
controle do estresse, monitoramento da pressão arterial e do colesterol, além
de consultas periódicas ao cardiologista, são medidas essenciais para prevenir
problemas cardíacos. "A atenção à saúde do coração deve ser constante,
principalmente após a menopausa, quando os níveis de estrogênio caem e o risco
cardiovascular aumenta", conclui Mattar.
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