Uma pesquisa recente conduzida pelo Fórum Brasileiro de
Segurança Pública em parceria com o Instituto Datafolha revelou que
aproximadamente 21,4 milhões de mulheres no Brasil, representando 37,5% da
população feminina com 16 anos ou mais, foram vítimas de algum tipo de violência
nos últimos 12 meses.
Entre as formas de agressão mais frequentes destacam-se
insultos, humilhações ou xingamentos, relatados por 31,4% das entrevistadas.
Agressões físicas, como tapas, socos, empurrões ou chutes, foram mencionadas
por 16,9% das participantes. Além disso, ameaças de agressão e perseguição
(stalking) foram vivenciadas por 16,1% das mulheres.
A pesquisa também apontou que 1,6 milhão de mulheres tiveram
fotos ou vídeos íntimos divulgados na internet sem consentimento nos últimos 12
meses, fenômeno conhecido como "pornografia de vingança". Esse dado
surpreendeu os pesquisadores pela sua magnitude e pela alta prevalência entre
mulheres jovens.
Outro dado alarmante é que, em 91,8% dos casos de violência,
houve a presença de terceiros durante as agressões. Em 47,3% dos casos, amigos
ou conhecidos estavam presentes; em 27%, os filhos; e em 12,4%, outros
parentes. Apenas 7,7% das violências foram testemunhadas por pessoas
desconhecidas.
A análise do perfil das vítimas indica que mulheres de 25 a
34 anos (43,6%), de 35 a 44 anos (39,5%) e de 45 a 59 anos (38,2%) são os
grupos etários mais afetados. No entanto, há uma elevada prevalência de
violência em todas as faixas etárias entre 16 e 59 anos.
Esses números evidenciam a urgência de políticas públicas eficazes e de uma mobilização social ampla para combater a violência contra a mulher no Brasil, garantindo a segurança e a dignidade de milhões de brasileiras.
*ISTOÉ
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