"Ghiblificação" viraliza nas redes e ChatGPT atinge 1 milhão de usuários em 1 hora com nova ferramenta de IA

F5 Conchal

Nos últimos dias, uma nova tendência tomou conta das redes sociais: a "Ghiblificação" de imagens pessoais por meio de inteligência artificial. Usuários estão transformando fotos comuns em ilustrações que remetem ao estilo característico dos filmes do Studio Ghibli, famoso por obras como A Viagem de Chihiro e Meu Amigo Totoro.

Essa onda ganhou força especialmente após a atualização do ChatGPT, da OpenAI, que incorporou uma ferramenta de geração de imagens capaz de aplicar o estilo Ghibli a fotografias. A novidade rapidamente se espalhou, com milhares de pessoas compartilhando suas versões "Ghiblificadas" nas plataformas digitais.

Grant Slatton, engenheiro de software de Seattle, foi um dos responsáveis por popularizar essa tendência ao postar uma imagem de sua família no estilo Ghibli, gerada pela IA. Seu post viralizou, acumulando milhões de visualizações e inspirando outros a seguirem o exemplo.

No entanto, a prática também levantou debates sobre questões éticas e de direitos autorais. Hayao Miyazaki, fundador do Studio Ghibli, já expressou ceticismo em relação ao uso de IA na animação. Em uma entrevista de 2016, ao ser apresentado a uma demonstração de animação gerada por IA, Miyazaki declarou estar “totalmente enojado” e afirmou que nunca incorporaria tal tecnologia em seu trabalho, considerando-a “um insulto à própria vida”.

Além disso, especialistas alertam para os riscos à privacidade ao compartilhar imagens pessoais nessas plataformas. O advogado Eduard Blasi aconselha cautela ao subir fotos privadas para serem convertidas ao estilo Ghibli, destacando que isso pode comprometer a intimidade dos usuários.

Diante das controvérsias, a OpenAI implementou restrições para evitar a geração de imagens que imitem o estilo de artistas vivos sem consentimento. Embora estilos de estúdios mais amplos ainda sejam permitidos, pedidos específicos para reproduzir o estilo Ghibli foram bloqueados.