Senado avança com PEC que extingue reeleição e unifica eleições a partir de 2034 - A discussão sobre a reforma segue para o Congresso
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou
nesta quarta-feira (21) a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 12/2022, que
propõe o fim da reeleição para cargos do Executivo e a unificação das eleições
no Brasil a partir de 2034.
Principais mudanças
propostas
Fim da reeleição: A PEC estabelece o fim da possibilidade de
reeleição para os cargos de presidente da República, governadores e prefeitos.
A medida será aplicada de forma escalonada:
*Prefeitos eleitos em 2028 não poderão disputar a reeleição.
*Presidentes e governadores eleitos em 2030 também não terão
direito à reeleição.
*Os eleitos em 2024 (prefeitos) e 2026 (presidente e
governadores) ainda poderão concorrer a um segundo mandato.
Ampliação dos mandatos: Os mandatos para os cargos do
Executivo e Legislativo serão ampliados para cinco anos. No caso dos senadores,
o mandato será de cinco anos a partir de 2034, com regras de transição:
*Senadores eleitos em 2026 terão mandato de oito anos.
*Eleitos em 2030 cumprirão mandato de nove anos.
*A partir de 2034, todos os mandatos serão de cinco anos.
Unificação das eleições: A proposta prevê a realização de
eleições unificadas para todos os cargos eletivos a cada cinco anos, a partir
de 2034. Atualmente, as eleições municipais e gerais ocorrem em anos
diferentes, com intervalo de dois anos. A unificação visa reduzir custos e
simplificar o processo eleitoral.
Próximos passos
Com a aprovação na CCJ, a PEC segue para votação no plenário
do Senado, onde precisará ser aprovada em dois turnos por, no mínimo, 49 dos 81
senadores. Em seguida, será encaminhada à Câmara dos Deputados, onde também
deverá ser aprovada em dois turnos por pelo menos 308 dos 513 deputados.
Reações
A proposta tem gerado debates no meio político. O presidente
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já manifestou oposição ao fim da reeleição,
considerando a medida um retrocesso. Por outro lado, ex-presidentes como José
Sarney e Fernando Henrique Cardoso já se posicionaram favoravelmente ao fim da
reeleição, argumentando que a medida pode fortalecer a democracia e evitar o
uso da máquina pública para fins eleitorais.
O relator da PEC, senador Marcelo Castro (MDB-PI), defende
que a proposta corrige distorções do sistema atual e promove maior equilíbrio
no processo eleitoral. Ele argumenta que a reeleição tem incentivado práticas
imediatistas em detrimento de políticas públicas de longo prazo.
A discussão sobre a reforma
política continua no Congresso Nacional, com a PEC 12/2022 sendo um dos
principais pontos em debate.
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