Dois
trabalhadores foram resgatados de um alojamento em condições degradantes em
Mogi Mirim (SP), durante uma operação conjunta do Ministério Público do
Trabalho (MPT) e do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O local servia de
moradia para operários de uma empresa terceirizada contratada para realizar
obras públicas na cidade.
Segundo os
fiscais, os trabalhadores viviam em um imóvel sem energia elétrica, água
potável ou estrutura sanitária adequada. Um dos operários dormia em um colchão
sobre o chão, sem roupas de cama, e ambos não possuíam armários para guardar
seus pertences. A alimentação era feita em um fogareiro improvisado com
tijolos, apoiado na pia da cozinha, devido à ausência de gás encanado.
Sem
eletricidade, um dos homens chegou a fazer uma ligação clandestina à rede
pública de energia elétrica, colocando-se em risco de choque e outros
acidentes. A situação foi classificada pelas autoridades como degradante e
análoga à escravidão.
Diante do
flagrante, os trabalhadores foram resgatados e receberam guias para acesso ao
seguro-desemprego. A empresa responsável firmou um Termo de Ajustamento de
Conduta (TAC), comprometendo-se a pagar indenizações individuais de R$ 2 mil a
R$ 3 mil e a corrigir as irregularidades identificadas, sob pena de multa.
O procurador Gustavo Rizzo Ricardo, responsável pelo caso, reconheceu a postura da Prefeitura de Mogi Mirim, que colaborou com a fiscalização, e lamentou o ocorrido: “É lamentável que ainda haja casos de escravidão contemporânea em centros urbanos desenvolvidos do maior e mais rico estado da Federação”.
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