O CNPE
(Conselho Nacional de Política Energética) deve discutir, na manhã desta
quarta-feira (25), o aumento da mistura obrigatória de etanol na gasolina para
conter o preço dos combustíveis.
A proposta
prevê elevar o percentual de etanol na gasolina de 27% para 30% e, no caso do
biodiesel, de 14% para 15%. A informação foi confirmada pelo Ministério de
Minas e Energia.
Em nota, a
pasta explicou que “as medidas, que serão analisadas pelo colegiado, ampliam o
uso de combustíveis renováveis produzidos no Brasil, além de contribuir para a
redução de emissões e para o desenvolvimento econômico nacional”.
“As novas
regras também reduzem a dependência brasileira de combustíveis fósseis,
diminuindo a necessidade de importações em um momento de incertezas no mercado
global”, detalha o comunicado.
O tema vinha
sendo discutido no Palácio do Planalto desde segunda-feira (23), quando o
presidente Lula se reuniu com o ministro Alexandre Silveira.
Segundo
fontes do ministério, o aumento permitirá que o Brasil suspenda parte das
importações e reduza a volatilidade dos preços.
No caso do
biodiesel, a elevação de 14% para 15% vinha sendo adiada por preocupações
inflacionárias. A mudança, no entanto, já estava prevista para março.
Os
defensores do biodiesel
Além do
etanol, o mercado de biodiesel também será diretamente impactado pela decisão.
A Ubrabio
(União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene), que integra a Frente
Parlamentar Mista do Biodiesel, e os grupos Oleoplan e Potencial estarão em
frente ao Ministério de Minas e Energia na manhã desta quarta-feira.
Caminhões
serão estacionados na Esplanada dos Ministérios como forma de chamar atenção
para a importância do aumento da mistura. Segundo a
associação e
as empresas, a medida resultará em mais geração de emprego e renda, além de
impulsionar uma transição energética limpa e sustentável.
“Estamos
diante de uma oportunidade real de transformar o biodiesel em um vetor
estratégico de crescimento econômico e posicionamento global do Brasil na
transição energética”, afirmou Juan Diego Ferrés, presidente da Ubrabio e
diretor da Granol.
Donizete Tokarski, diretor-superintendente da entidade, reforçou: “Trata-se de um passo estratégico na transição energética brasileira, que fortalece a cadeia produtiva, gera empregos, distribui renda no campo e na indústria e contribui concretamente para a redução das emissões de gases de efeito estufa.”
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