Israel diz ter matado chefe do Estado-Maior do Irã em ataque noturno e intensifica crise internacional
Em mais um
capítulo da crescente escalada de tensão entre Israel e Irã, o governo
israelense confirmou nesta terça-feira (17) que matou o general iraniano Ali
Shadmani, novo chefe do Estado-Maior em tempos de guerra do Irã, em um ataque
aéreo realizado durante a madrugada em Teerã. Shadmani havia assumido o posto
na última sexta-feira, após a morte de seu antecessor, Gholamali Rashid, também
em uma ofensiva israelense.
A morte de
Shadmani representa mais do que a eliminação de uma alta patente militar: ele
era um dos principais responsáveis por coordenar operações conjuntas entre as
Forças Armadas iranianas, a Guarda Revolucionária (IRGC) e a Força Quds.
Segundo fontes israelenses, o alvo foi um centro de comando subterrâneo,
classificado como um dos pontos mais estratégicos do aparato militar iraniano.
Fontes militares confirmam que a operação fez parte da ofensiva batizada de
“Leão em Ascensão”, iniciada no último dia 13 de junho, com ataques coordenados
a mais de 100 alvos em território iraniano.
Israel tem
adotado uma tática de eliminar líderes-chave da estrutura militar iraniana.
Desde o início da operação, pelo menos cinco nomes de destaque foram mortos,
entre eles o comandante da Guarda Revolucionária, Hossein Salami, e o chefe do
Estado-Maior das Forças Armadas, Mohammad Bagheri. A ofensiva também tem
atingido instalações ligadas ao programa nuclear do Irã, embora analistas
apontem que esses danos são temporários e não paralisam totalmente o avanço
tecnológico do país persa.
Em resposta,
o Irã lançou novos ataques com mísseis e drones contra cidades israelenses,
incluindo Tel Aviv, causando alerta máximo no país. O clima em Teerã também é
de insegurança, com registros de pânico entre civis e movimentações
diplomáticas de evacuação. Estados Unidos, União Europeia e ONU voltaram a
pedir moderação, enquanto o ex-presidente americano Donald Trump, por sua vez,
negou envolvimento em qualquer tratativa de cessar-fogo e sugeriu a
“desocupação total” da capital iraniana, ampliando ainda mais o tom belicista.
A morte de
Shadmani pode ter efeito direto sobre a estabilidade do Oriente Médio.
Especialistas alertam que a atual estratégia de Israel, embora eficaz do ponto
de vista militar, pode desencadear reações imprevisíveis por parte do Irã
e de aliados
como Hezbollah e milícias xiitas na Síria e no Iraque. Além disso, a
continuidade dos bombardeios em zonas urbanas e nucleares aumenta o risco de
uma guerra regional em larga escala, com impactos também sobre o fornecimento
global de petróleo e a economia mundial.
A crise já
afeta mercados internacionais e aumenta a pressão sobre líderes globais por uma
saída diplomática urgente, mas até o momento, não há sinal de recuo por parte
dos dois países. A morte de mais um comandante iraniano, em menos de cinco
dias, pode marcar um ponto de ruptura — ou acelerar o que muitos analistas já
chamam de uma guerra aberta.
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