O Brasil
pretende aderir a uma ação na CIJ (Corte Internacional de Justiça) que acusa
Israel de cometer genocídio na Faixa de Gaza.
A informação
foi confirmada pelo chanceler Mauro Vieira em entrevista concedida à emissora
árabe Al Jazeera.
Vieira disse
que o Itamaraty "está trabalhando" no processo de adesão e terá
"essa boa notícia em muito pouco tempo".
Questionado
sobre o tempo que levou para o Brasil se juntar ao processo, Vieira disse que o
país fez um "enorme esforço" para tentar promover negociações para
encerrar o conflito.
No entanto,
devido aos "últimos desenvolvimentos desta guerra", a diplomacia
brasileira decidiu se juntar à África do Sul no principal órgão judicial da ONU
(Organização das Nações Unidas).
Em dezembro
de 2023, o governo sul-africano deu entrada no processo na CIJ para iniciar
procedimentos sobre alegações de genocídio contra Israel pela guerra contra o
Hamas em Gaza.
A África do
Sul acusa Israel de estar “em violação de suas obrigações sob a Convenção do
Genocídio” em sua solicitação e argumenta que “atos e omissões de Israel [...]
são de caráter genocida, pois são cometidos com a intenção específica
necessária [...] de destruir os palestinos em Gaza”, de acordo com a ação.
Israel
rejeitou as reivindicações e o pedido da África do Sul ao tribunal
internacional, dizendo por meio de seu Ministério das Relações Exteriores que a
África do Sul "está pedindo a destruição do Estado de Israel e que sua
reivindicação não tem base factual nem jurídica".
A
expectativa é que o Brasil se junte ao processo ao intervir em nome da África
do Sul.
O estatuto
da Corte Internacional de Justiça permite que um Estado peça para intervir e,
assim, participar de um caso entre outros Estados "quando considerar que
possui um interesse de natureza jurídica que pode ser afetado pela decisão do
Tribunal nesse caso".
"O
Artigo 63 concede aos Estados que não são partes em uma controvérsia o direito
de intervir em um caso quando este se refere à interpretação de uma convenção
da qual também são partes; a interpretação das partes relevantes dessa
convenção dada pelo Tribunal em sua decisão no caso será então igualmente
vinculativa para esses Estados", acrescenta a CIJ.
De acordo com uma atualização de abril do tribunal, Colômbia, Líbia, México, Palestina, Espanha, Turquia, Chile, Maldivas, Bolívia, Irlanda, Cuba e Belize apresentaram pedido para intervir neste caso entre África do Sul e Israel.
*/CNN
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