A crise
gerada pela judicialização do decreto do IOF (Imposto sobre Operações
Financeiras), segundo o ministro do STF Gilmar Mendes, é apenas a ponta do
iceberg de problemas mais profundos que afetam a relação entre os Poderes. Em
participação no Fórum Jurídico de Lisboa, Gilmar afirmou que o conflito
político evidencia "mais o sintoma do que a doença", ressaltando que
a verdadeira causa está na falta de diálogo e coordenação institucional.
Ele destacou
a necessidade de "tratar da doença", ou seja, superar a crise
estrutural por meio de responsabilidades compartilhadas e evitar uma escalada
institucional.
Gilmar
explicou que o governo, ao recorrer ao STF por meio de uma Ação Direta de
Constitucionalidade (ADC) para validar o decreto presidencial que aumentava o
IOF — derrubado pelo Congresso — busca reafirmar prerrogativas da Presidência
frente à intervenção legislativa.
Para ele,
trata-se de tensão política que, embora natural em certos momentos, exige
reflexão e maturidade institucional.
O ministro
também ressaltou que os processos estão sob o cuidado do relator, ministro
Alexandre de Moraes, e espera que o desenrolar desse debate resulte em
construção de soluções, com diálogo institucional e uma pausa reflexiva por
parte dos atores envolvidos.
Segundo
Gilmar, o momento é uma oportunidade para que Executivo, Legislativo e
Judiciário assumam suas responsabilidades com o país e evitem o aprofundamento
da crise.
Gilmar Mendes vê na crise do IOF um espelho de fragilidades no funcionamento dos poderes, e defende que a superação do impasse exige diálogo, coordenação e responsabilidade compartilhada — elementos fundamentais para assegurar a estabilidade institucional e o normal exercício das funções governamentais.
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