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Governo aumenta IOF e STF libera cobrança: MEIs e empresas do Simples pagam a conta que deve pesar no bolso do consumidor

F5 Conchal e Região

O aumento do IOF para pessoas jurídicas, sancionado por decreto do governo federal, gerou críticas intensas por seu impacto direto sobre os microempreendedores individuais (MEIs) e empresas do Simples Nacional. A medida dobrou a alíquota do IOF sobre operações financeiras diárias realizadas por essas categorias, encarecendo todas as transações envolvendo crédito, transferências e pagamentos no ambiente empresarial.

Segundo análise da jornalista Thais Herédia, da CNN Brasil, a mudança contraria o discurso de justiça tributária defendido pelo governo, ao penalizar justamente os pequenos negócios, que já enfrentam dificuldades de caixa e são mais sensíveis a custos adicionais. O IOF é um imposto que, originalmente, deveria ter função extrafiscal, ou seja, utilizado como ferramenta de regulação da economia e não como instrumento de arrecadação. No entanto, o aumento decretado foi interpretado como uma estratégia para reforçar o caixa do governo, o que provocou questionamentos jurídicos sobre sua legalidade.


A medida chegou a ser suspensa pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que concedeu uma liminar alegando possível desvio de finalidade, já que o IOF não deveria ser utilizado com foco arrecadatório. Contudo, dias depois, Moraes reviu a própria decisão e liberou novamente a cobrança com a nova alíquota. O ministro considerou que o governo federal apresentou justificativas suficientes para o reajuste, demonstrando que a medida também tinha objetivos de política econômica, o que afastaria a inconstitucionalidade.

Essa reviravolta no STF gerou ainda mais críticas, principalmente entre economistas e entidades que representam micro e pequenos empresários. O aumento do IOF pressiona o custo do crédito para quem mais precisa de acesso a recursos financeiros, agravando o cenário para empreendedores de menor porte. Além disso, a mudança alimenta o debate sobre a coerência entre o discurso de justiça tributária do governo e as ações efetivas que impactam a base produtiva do país.



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