Um dos eventos astronômicos mais aguardados do ano, a chuva de meteoros Geminídeas atinge seu pico entre a noite de sábado (13) e a madrugada de domingo (14), período considerado o mais favorável para a observação das chamadas “estrelas cadentes”. Nesse fenômeno específico, os meteoros costumam ser mais brilhantes e, em alguns casos, apresentar coloração esverdeada.
Também conhecidas como Gemínidas, as Geminídeas ocorrem anualmente entre os dias 4 e 17 de dezembro. Em 2025, a presença da Lua na fase minguante torna as condições de observação menos favoráveis, mas ainda assim, durante o período de maior atividade, podem ser registrados mais de 70 meteoros por hora, dependendo do local, das condições do céu e do nível de poluição luminosa.
Diferentemente da maioria das chuvas de meteoros, que se originam de detritos deixados por cometas, as Geminídeas têm como fonte o asteroide 3200 Faetonte. Com cerca de 5,8 quilômetros de largura, esse corpo celeste apresenta um comportamento semelhante ao de um cometa quando se aproxima do Sol, tornando-se mais brilhante e liberando material. Segundo cientistas, essa chamada “atividade cometária” está associada à liberação de sódio.
As partículas geradas por Faetonte são mais densas do que as normalmente associadas a outras chuvas de meteoros. Por isso, ao entrarem na atmosfera terrestre, o fazem de forma mais lenta, produzindo rastros luminosos mais duradouros e, em alguns casos, bolas de fogo visíveis a olho nu.
A chuva de meteoros Geminídeas pode ser observada sem o uso de equipamentos, de qualquer local do Brasil. O radiante — ponto do céu de onde os meteoros parecem surgir — está localizado na constelação de Gêmeos, que dá nome ao fenômeno. No entanto, não é necessário olhar diretamente para essa região, já que os meteoros podem cruzar qualquer parte do céu.
Segundo o site InTheSky.org, a observação será possível a partir das 21h04 (horário de Brasília), com atividade até aproximadamente 4h45 da madrugada. O momento de maior concentração de meteoros deve ocorrer por volta das 2h de domingo, quando o radiante estará mais alto no céu.
Para quem preferir acompanhar o fenômeno pela internet, o Projeto Telescópio Virtual, do Observatório Astronômico Bellatrix, na Itália, fará uma transmissão ao vivo da chuva de meteoros a partir das 18h de sábado, pelo YouTube.
Já para a observação direta, especialistas recomendam o uso de aplicativos e sites de astronomia, como Star Walk, Stellarium ou SkySafari, que ajudam a identificar a constelação de Gêmeos e os melhores horários conforme a localização do observador.
De acordo com o colunista do Olhar Digital Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA), membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (BRAMON), observar uma chuva de meteoros é uma atividade simples. “Basta procurar um local escuro, se acomodar olhando para o céu e aguardar”, explica. Ele destaca que não há necessidade de telescópios, binóculos ou qualquer equipamento especial, e recomenda evitar o uso de celulares ou outras fontes de luz que prejudiquem a adaptação dos olhos ao escuro.
A orientação é buscar locais com o mínimo possível de poluição luminosa e observar o céu com paciência. Assim, além de acompanhar um dos fenômenos astronômicos mais interessantes do ano, o público mantém viva a tradição de fazer pedidos a cada risco luminoso que cruza o céu.


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