A Polícia
Federal e o Ministério Público Federal cumprem nesta quinta-feira (18) mandados
de buscas e apreensão em imóveis ligados ao senador Aécio Neves no Rio,
Brasília e em Minas Gerais, e no gabinete dele, no Congresso. Agentes tentam
cumprir um mandado de prisão contra a irmã dele, Andréa Neves. Segundo a PF,
ela não foi presa porque está no exterior.
O
procurador-geral da República Rodrigo Janot pediu também a prisão do senador
Aécio Neves, mas o ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo
Tribunal Federal, concedeu apenas o afastamento do cargo de senador e as
buscas. Segundo o ministro, a prisão é assunto para o plenário.
Um
procurador da República foi preso, em Brasília, e há mandados contra pessoas
ligadas ao ex-deputado federal Eduardo Cunha. Os mandados foram expedidos pelo
Supremo Tribunal Federal (STF), que também pediu o afastamento de Aécio do
mandato.
A
operação teve início após a delação do dono do frigorífico JBS, Joesley
Batista, que entregou à Procuradoria-Geral da República (PGR) uma gravação do
senador Aécio Neves pedindo a ele R$ 2 milhões. As informações foram
antecipadas pelo jornal "O Globo".
O
senador já responde a seis inquéritos no Supremo Tribunal Federal. O G1 tentou
ligar para uma assessora de Aécio Neves, mas o telefone estava desligado.
Também não conseguimos contato com os outros citados na reportagem.
Além
de Aécio, também são alvos desta operação os gabinetes do senador Zezé Perrela
(PSDB-MG) e do deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR).
Em
São Paulo, há buscas em imóvel do coronel João Batista Lima Filho.
A PF
está também na porta da casa de Aécio, em Belo Horizonte, na Rua Samuel
Pereira, e faz buscas ainda em fazendas da família Neves em Minas Gerais. A
casa do senador em Brasília também é alvo de buscas.
No
Rio, estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão em três endereços.
Além dos apartamentos do senador Aécio, em Ipanema, e da sua irmã, em
Copacabana, os policiais foram à Tijuca, no imóvel de Altair Alves Pinto,
conhecido por ser braço direito do deputado Eduardo Cunha.
Por
volta das 6h15, pelo menos cinco carros descaracterizados da Polícia Federal
chegaram à chapelaria do Congresso, em Brasília, que é a principal entrada e a
mais utilizada pelos parlamentares.
O procurador da República Ângelo Goulart
Villela foi preso e há mandado de prisão contra o advogado Willer Tomaz, que é
ligado a Eduardo Cunha. A PF também faz buscas no Tribunal Superior Eleitoral,
onde atua Villela.
No
apartamento de Aécio em Ipanema, um chaveiro foi chamado para auxiliar o
trabalho dos agentes, já que ninguém foi encontrado para abrir a porta. Por
volta das 6h25, os agentes conseguiram entrar no apartamento após acionar um
chaveiro para abrir a porta. O funcionário de um hotel que fica ao lado do
edifício foi chamado para servir de testemunha. Após a abertura, foi confirmado
que o imóvel estava vazio.
No apartamento de Andréa, em Copacabana,
também na Zona Sul do Rio, os agentes não localizaram ninguém e até as 7h10 não
tinham conseguido entrar no imóvel.
Pouco
antes das 6h, os agentes chegaram na casa de Altair, na Rua Conselheiro
Olegário, número 20, na Tijuca, Zona Norte do Rio. Os policiais pretendem
cumprir mandado de busca e apreensão no local.
Altair
já trabalhou no gabinete do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e também no
gabinete de outros deputados ligados ao ex-presidente da Câmara. Ele já foi
apontado por Fernando Baiano por ser o responsável por transportar propinas
para Cunha. Os agentes também chamaram um chaveiro para abrir a porta do
imóvel, mas até as 7h ainda não havia informações se os agentes encontraram
alguém no imóvel.
Delação
da JBS
A
operação teve início após a delação do dono do frigorífico JBS, Joesley
Batista, que entregou à Procuradoria-Geral da República uma gravação do senador
Aécio Neves pedindo a ele R$ 2 milhões. No áudio, com duração de cerca de 30
minutos, o presidente nacional do PSDB justifica o pedido dizendo que precisava
da quantia para pagar sua defesa na Lava Jato. A informação foi divulgada pelo
jornal "O Globo" na quarta-feira (17).
A
entrega do dinheiro foi feita a Frederico Pacheco de Medeiros, primo de Aécio,
que foi diretor da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), nomeado por
Aécio, e um dos coordenadores de sua campanha a presidente em 2014.
Em
nota, a assessoria de imprensa de Aécio Neves afirmou que o senador "está
absolutamente tranquilo quanto à correção de todos os seus atos".
"No
que se refere à relação com o senhor Joesley Batista, ela era estritamente
pessoal, sem qualquer envolvimento com o setor público. O senador aguarda ter
acesso ao conjunto das informações para prestar todos os esclarecimentos
necessários", diz o texto.
Ainda
segundo a delação de Joesley, também foi feita uma gravação onde o presidente
Michel Temer dá aval para comprar o silêncio do deputado cassado e
ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), depois que ele
foi preso na operação Lava Jato.
Fonte da noticia – G1
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