Comissão aprova a
volta da obrigatoriedade dos extintores ABC
Quase dois
anos após a polêmica da obrigatoriedade ou não dos extintores de incêndio do
tipo ABC em automóveis, a Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos
Deputados voltou a aprovar o retorno do extintor como item obrigatório. Os extintores do tipo ABC iriam se tornar
obrigatórios a partir de outubro de 2015. Na época, a medida provocou um grande
aumento nas vendas do equipamento. Duas semanas antes do
prazo, porém, a resolução 556/15 do Contran tornou sua presença apenas
facultativa. Na época, o Contran justificou a decisão com um estudo de 90 dias
que constatou a baixa incidência de incêndios dentro do volume total de
acidentes com veículos, e que o uso do extintor sem preparo representaria mais
risco ao motorista do que o incêndio em si.
O novo texto
do Projeto de Lei 3404/15 do deputado Moses Rodrigues (PMDB-CE) questiona essa
justificativa. Para
o deputado, “não é plausível que o Contran, de um momento para outro, entenda
que o extintor de incêndio não é mais considerado item de segurança do veículo e
decida tornar facultativo o seu uso, deixando vulneráveis os ocupantes dos
veículos em caso de incêndio”. O relator
do projeto, o deputado Remídio Monai (PR-RR), concorda com o argumento de
Rodrigues. Segundo ele, “o custo do extintor de incêndio é insignificante em
relação ao custo do próprio veículo, ainda mais se considerarmos os benefícios
advindos de sua adequada utilização”.
Hoje encontráveis por até R$ 50,00, na época os extintores do tipo ABC
chegaram a custar R$ 150,00 devido à intensa procura, ocasionando até mesmo
fila de espera e acusações de fraudes.
Logo após a decisão do Contran de tornar o equipamento apenas
facultativo (mantendo a obrigatoriedade apenas para veículos de transporte como
ônibus, caminhões, triciclos de cabine fechada e veículos destinados ao
transporte de produtos inflamáveis), a procura despencou drasticamente. Após
a aprovação pela Comissão de Viação e Transportes, o projeto 3404/15 ainda
precisa ser analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania
antes de ser votado pelo Plenário.
Fonte: Revista
Quatro Rodas
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