Propinosuco – Gravação evidencia ainda
mais a existência de um poderoso esquema de Superfaturamento na compra da laranja/suco
da merenda escolar durante a gestão Valdeci Aparecido Lourenço “Prefeito
Amigo da Criança”
A gravação sugere um
esquema onde a Conaaf (Associação dos agricultores familiar) lançava uma
determinada nota fiscal com o valor superfaturado e a prefeitura pagava o valor
da nota para a associação. O dinheiro pago a mais, era devolvido para a
“prefeitura”, ou para alguém de lá e, em troca a “prefeitura” devolvia para o
Canaaf parte dos valores superfaturados por meio do que eles chamam de
“doação”.
A gravação teria
acontecido durante uma reunião entre os representantes da Conaaf (Associação
dos agricultores familiar) e representantes da prefeitura, (atual administração
Vando Magnusson), que descobriram todo o esquema, graças aos trabalhos da
auditoria interna criada este ano para apurar o rombo de 32 milhões deixados
pela administração do ex-prefeito Valdeci Aparecido Lourenço.
O desfalque do dinheiro
público foi apontado inicialmente pela atual nutricionista Ariane, que
comunicou o prefeito da cidade sobre os fatos. De imediato, o prefeito ordenou
que se iniciasse a apuração dos fatos em ambas as gestões.
Os representantes do
Conaaf chegaram a admitir durante a reunião, que a atual administração não teve
culpa e que eles ainda estavam seguindo orientações da gestão anterior.
Os representantes da associação também admitiram que os
valores pagos a mais pela prefeitura, estavam nos caixas da associação. Os
representantes da associação chegaram a tentar um acordo com a prefeitura para
devolver os valores superfaturados desta gestão (2017), mas justificaram que
pelos anos anteriores não poderiam se responsabilizar por se tratar de ter sido
outro presidente (outra gestão) que fez os acordos com a prefeitura e, somente
ele poderia ser o responsável.
A reunião teve a duração de mais de uma hora conforme
demonstra o tempo da gravação e até onde podemos entender, não foi firmado
nenhum acordo, entre a Conaaf e a prefeitura, que já apresentou a denúncia ao
Ministério público.
Da Conaaf
Essa semana, o F5 Conchal conversou com a atual presidente da associação
Marcia Assako, para sabermos o que foi
feito até o momento para auxiliar os pequenos agricultores do município que
acabaram sendo prejudicados com toda essa situação.
A presidente nos respondeu que ainda esta analisando o caso e que em
breve fará uma reunião com os agricultores.
Durante a nossa conversa, Marcia nos confirmou que não houve favorecimento
para ninguém da prefeitura esse ano (gestão Vando Magnusson) e, que o dinheiro
pago a mais pela atual administração estava no caixa da Conaaf, porém a mesma
acabou tendo que utilizar dos valores para fazer pagamentos de contas como,
aluguel, advogados e alguns agricultores para quem a associação devia. A presidente
relatou que a prefeitura cancelou o contrato que tinha com a associação e desde
então as atividades estão praticamente paradas.
Perguntamos para Marcia, o que ela acha realmente de tudo isso que esta acontecendo.
A presidente da Conaaf nos respondeu o seguinte...
“Teve sim, uma “Derrapagenzinha”, mas com o tempo, tudo vai se
resolver”.
Marcia ainda nos relatou que
se sentiu constrangida por diretores da prefeitura que teriam ido até o
comércio que a mesma possui na cidade, para acusa-la. A mesma registrou um boletim de ocorrência.
O f5 Conchal procurou saber
do que se tratava o boletim e constatamos que realmente foi elaborado o
registro. Comparamos a data do B.O com a data em que aconteceu a reunião na
prefeitura e constatamos que o suposto constrangimento teria acontecido no
mesmo dia da reunião (06/09), porém em lugares diferentes, quando a mesma não
estava na presença dos seus advogados, como estava no momento da reunião. Vale
lembrar que o boletim de ocorrência só foi registrado 14 dias após os fatos.
Isso nos faz acreditar que
os relatos existentes na gravação da reunião da prefeitura são legítimos no
sentido de não ter havido coação por parte dos representantes do município, uma
vez que a atual presidente da Conaaf estava acompanhada de seus advogados.
Da
atual administração
A atual administração
descobriu o erro que aconteceu durante quatro meses e fez a correção
imediatamente.
Em nenhum momento a atual
administração deixou de fornecer informações sobre os fatos e nem tentou
empurrar a sujeira para debaixo do tapete, como vemos diariamente na política
nacional. No entanto, isso não os exime
da responsabilidade de não terem sido mais atentos ao contratar, comprar,
adquirir e pagar. Se haverá alguma punição por isso, só o futuro dirá.
Do ex-prefeito Valdeci Aparecido Lourenço
Não se fala em
outra coisa na cidade desde o dia 16/09, quando o F5 Conchal publicou a matéria
relatando a descoberta feita pela comissão de auditoria da prefeitura, que em
suas apurações apontou o possível Superfaturamento na compra da laranja/suco
para merenda escolar nos períodos de 2013 a 2016, gestão do ex-prefeito Valdeci
Aparecido Lourenço e inicio de 2017, gestão atual do prefeito Vando Magnusson.
Após a edição n° 29
do F5 Conchal ser colocada em circulação, o ex-prefeito se manifestou
imediatamente, só que em outro veiculo de comunicação. A única vez que vimos
tamanho desempenho do ex-prefeito em se “justificar” de alguma publicação feita
pelo F5 Conchal, foi em 2016, quando publicamos que o Hospital Madre Vaninni
iria fechar as portas por falta de recursos. Ocasião aquela em que o
ex-prefeito afirmava ter pagado para o hospital a divida de mais de 1 milhão de
reais. O ex-prefeito insistiu em suas afirmações até o ultimo momento, quando a
direção do hospital o comunicou de que iria encerrar as atividades.
Milagrosamente o dinheiro que faltava para completar o montante que quitaria o
acordo feito entre as partes, foi depositado pela prefeitura, comprovando
publicamente que as ações do ex-prefeito não estavam sendo condizentes com a
verdade. Devemos ainda recordar que após tudo isso, o ex-prefeito continuou não
honrando os repasses para o hospital nos meses seguintes, deixando uma divida
milionária para a atual administração pagar e que já foi paga, conforme fomos
informados pela administração.
Durante a
entrevista o ex-prefeito protestou contra nossa matéria dizendo que não foi lhe
dado o direito ao contraditório.
Naquela ocasião
tentamos entrar em contato com o ex-prefeito, mas não obtivemos êxito, assim
como o pessoal da reportagem da EPTV também não conseguiram encontra-lo durante
a gravação da matéria exibida no dia 19/09. http://g1.globo.com/sp/sao-carlos-regiao/jornal-da-eptv-2edicao//videos/v/auditoria-aponta-possivel-superfaturamento-na-compra-de-laranjas-para-suco-em-conchal-sp/6159725/
Na ocasião a EPTV
só conseguiu falar com o ex-prefeito por telefone.
Valdeci afirmou
para EPTV, que durante sua gestão não houve superfaturamento. No entanto, durante
a entrevista ao outro veiculo de comunicação, Valdeci apresentou uma planilha
de cálculos das compras realizadas em 2017,
Valdeci considerou um absurdo, tamanha quantidade e valores apresentados
no documento que foi desenvolvido pela própria administração atual e
apresentada publicamente na auditoria. Esse fato deixa subentendido o seguinte.
Se a atual administração apresentou discrepâncias na compra do produto e o
ex-prefeito concordou, então devemos subentender que na administração dele
também houve, uma vez que as planilhas exibem as mesmas discrepâncias, mas com
uma diferença. Na gestão Vando, foram de quatro meses e na gestão Valdeci foram
quatro anos.
Das compras de laranja para suco na gestão do ex-prefeito
Valdeci
Selecionamos um
único período entre os quatro anos de compras de suco de laranja na gestão
Valdeci. Os documentos apresentados abaixo, são referentes aos dias 02/05/2016
segunda-feira a 06/05/2016 sexta-feira.
Primeiro vamos ver
o cardápio desenvolvido pela nutricionista da época, onde “destacamos em cor
laranja”, os dias da semana e em quais escolas foram servidos suco na merenda
escolar.
Agora
vamos ver o quanto de suco foi pedido pela prefeitura dentro deste mesmo
período.
Coforme indicam os
documentos, a cozinha piloto requereu para o setor de compras nesse período,
98,5 galões de 18 litros de suco cada.
Somando todos os
galões, a cozinha piloto solicitou 1.773 litros de suco neste único período,
valendo lembrar que a sindicância instaurada pela prefeitura para apurar os
fatos, já confirmou que não chegaram às escolas, nada além do que foi
solicitado pela cozinha. Para fazer
1.773 litros de suco, são necessários aproximadamente 3.192 quilos de laranja,
conforme apurou a auditoria interna da prefeitura.
Agora veja quanto
custou aos cofres públicos à compra do suco e observem a quantidade de quilos
requeridos e pagos pela gestão Valdeci.
A prefeitura
comprou 11.400 quilos de laranjas e pagou 15.390,00 (Quinze mil trezentos e
noventa reais), o que foi três vezes a mais, do que o requerido pela cozinha. È
importante acrescentar, que essa discordância aconteceu praticamente, durante
toda a gestão do ex-prefeito Valdeci.
Tentamos entrar em
contato com o ex-prefeito Valdeci, mas não conseguimos. Encaminhamos uma
mensagem via WhatsApp no dia 06/10/2017 para o vereador Roberson Claudino Pedro
(Robinho), solicitando que transmitisse o recado para o ex-prefeito . O vereador
nos respondeu que não estava conseguindo falar com o Valdeci.
Deixamos aqui o
convite especial, ao ex-prefeito de Conchal, Valdeci Aparecido Lourenço, para
que entre em contato com o F5 Conchal f5conchal@gmail.com
, para que
possamos agendar uma data, a fim de fazer a entrevista, em que o mesmo possa
dar os devidos esclarecimentos para a população dos fatos apresentados nessa
reportagem.
Reportagem: Gean Mendes - f5conchal@gmail.com – WhatsApp (19) 99153 0445
Esta noticia vem gerando repercussão, não só em Conchal.mas em todas as cidades circunvizinhas desse Município como também na sede do Governo de S.Paulo onde o Governador Geraldo Alckmin sempre demonstrou grande apreço por essa cidade.Creio que será elucidado e esclarecido pelas autoridades este fato envolvendo homens públicos dessa querida comunidade em beneficio de toda coletividade conchalense..... .
ResponderExcluirJ fazem dois meses que foi feita a denuncia e até o momento, aparentemente nada foi feito pela justiça e nem mesmo pelo Governo de S.Paulo ou pelo Governador Geraldo Alckmin. Estamos aguardando para noticiar o desfecho desse caso, mas temos motivos de sobra para acreditar, que esse caso será resolvido na base de "suco e pizza"...
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