Paixão de Cristo
em Conchal: na 13ª edição, espetáculo deve reunir mais que 3500 pessoas
Encenação já
foi vista por mais de 30 mil pessoas desde a primeira apresentação, em 2006
A
mais bela história do cristianismo, a Paixão de Cristo, será revivida hoje (28)
e Sexta-Feira Santa, 30 de março.
Promovida
pela Associação Teatral e Cultural Sete Elos, a apresentação chega à sua 13ª
edição. Como acontece desde 2015, o público assiste ao espetáculo no teatro de
arena da Antiga Estação Ferroviária de Conchal, às 19h30. A entrada custa R$ 5
ou 1 quilo de alimento não perecível, que será destinado a entidades
assistenciais do município.
PÚBLICO TAMBÉM VEM
DA REGIÃO
A
expectativa dos organizadores é de receber mais que 3500 pessoas em todos os
dias do evento, espectadores de Conchal e também da região.
“Todos os anos,
recebemos muitos visitantes das cidades vizinhas, que vêm assistir à Paixão de
Cristo, um espetáculo bastante comovente, que revive momentos inesquecíveis desse
grande mestre”,
comenta o presidente da Associação Sete Elos, Darley Guidotti.
Em
2005, ele e a esposa Bruna Brandão Guidotti apresentaram a ideia de encenar a
Paixão de Cristo na cidade. Pouco a pouco, reunião após reunião, a ideia ganhou
novos e mais adeptos. “Esses novos integrantes
possibilitaram a criação da Associação Teatral e Cultural Sete Elos, assim como
a realização da Paixão de Cristo em Conchal”, comenta Darley Guidotti.
“O espetáculo já havia sido encenado muitos anos antes, mas por
outras pessoas. Fomos tocados pela vontade de iniciar um novo projeto que retratasse
a Paixão de Cristo, mas que, ao mesmo tempo, recebesse todas as pessoas que
quisessem participar, independentemente de crença religiosa, bastando o amor
pela história de Jesus”, fala.
300 PESSOAS ENVOLVIDAS
Poucos
meses depois, na Semana Santa de 2006, Conchal assistia à primeira encenação da
Paixão de Cristo apresentada pela Sete Elos. Se, na época o grupo tinha apenas
poucas pessoas, atualmente cerca de 300 voluntários estão envolvidos na
organização e realização do espetáculo. Outro número chama atenção: em 12 anos
de apresentações, mais de 30 mil pessoas já assistiram a história em palcos a
céu aberto.
Como
a proposta inicial dos fundadores, tanto a entidade quanto o elenco continuam a
seguir o viés ecumênico, afirma um dos diretores, Marinho Coraini. Agricultor o
ano inteiro e intérprete do papel de Jesus na Semana Santa, ele conta que o teatro
reúne pessoas de diversos perfis e idades, assim como de várias crenças e
profissões. “Muitos são católicos, mas temos representantes das igrejas
evangélicas e da doutrina espírita, por exemplo, além daqueles que não são
vinculados a grupos religiosos”, observa.
TRABALHAMOS O ANO
TODO
Assim,
na Semana Santa, agricultores, comerciantes, estudantes, donas de casa,
aposentados e outras tantas pessoas sobem ao palco para dar vida a Herodes, João
Batista, Pilatos, aos Sacerdotes do Sinédrios, aos apóstolos, ao povo que acompanha
Jesus em suas mensagens e, é claro, às três principais figuras do cristianismo:
José, Maria e seu filho Jesus.
São
cerca de 120 pessoas em cena, 60 das quais atores e a outra metade de
figurantes. A maioria é da própria cidade, mas vários vêm das cidades vizinhas
para integrar o elenco. A garotada também participa e todos os anos a Paixão de
Cristo tem quase 30 crianças em cena: filhos dos envolvidos no projeto e também
crianças do abrigo municipal.
Enquanto
no palco a história mais marcante do cristianismo é recontada, nos bastidores
muita gente trabalha ou já entrou em cena nos seis meses que antecederam às
apresentações.
“Por volta de setembro, começam os preparativos, que seguem até o dia do
evento. Em torno de umas 180 pessoas trabalham nos bastidores, na prestação de
serviços diversos, praça de alimentação e bilheteria. Sem elas, não teríamos o
espetáculo”, fala Valdir Antonio Dias, vice-presidente
do grupo.
CENÁRIO TEM MIL
METROS QUADRADOS
Do
primeiro palco improvisado na carroçaria de um caminhão em 2006, na escadaria
da Igreja Nossa Senhora Aparecida, muita coisa mudou: há cerca de três anos a
Associação Teatral e Cultural Sete Elos assumiu o prédio histórico da Antiga
Estação Ferroviária de Conchal, revitalizando o espaço e dando vida ao seu
teatro a céu aberto, até então abandonado.
É
lá que as apresentações acontecem agora e são vistas pelo público – no ano
passado, cerca de 2500 pessoas acompanharam os três dias de espetáculo. A
partir de recursos próprios, a Associação Sete Elos também construiu no local os
cenários permanentes da Paixão de Cristo.
Dois
meses antes das apresentações, porém, o cenário de 1000 m² recebe as partes que
faltam e passa por ajustes importantes:
reparos, forração, iluminação e finalização.
Se
o cenário vai tomando forma e cor, o texto também ganha retoques, com cenas
novas a cada ano, aprimoradas nos ensaios semanais dos atores (os principais
chegam a ensaiar mais de 25 horas). “Mas a essência da Paixão de Cristo é única, assim como a própria
história narrada nos ensinamentos bíblicos”, garante
Valdir Dias.
Do
palco, do caminho para o calvário e da cruz feita pelas mãos dos próprios
voluntários, a emoção histórica, a dor, o amor, a fé e a arte ganham vida e vão
tocar milhares de pessoas.
» SERVIÇO:
» ESPETÁCULO PAIXÃO DE CRISTO
• Dias 28 e 30 de
março, às 19h30
• Local: antiga
Estação Ferroviária de Conchal | Praça dos Expedicionários, 97, Centro
• Entrada: R$ 5,00 ou
1 quilo de alimento não perecível que será doado a entidades assistenciais do
município
• Praça de
alimentação no local do evento
• Informações no site
www.gruposeteelos.com.br e no Facebook:
@paixaodecristoconchal e @seteelosconchal
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