Na Mira da Lava-Jato - Apontado
como operador do PSDB, Paulo Vieira vai para Cadeião de Pinheiros
Ex-diretor da Dersa é acusado de desviar R$ 7,7 milhões em
obra viária em São Paulo
O ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, conhecido como
Paulo Preto, foi preso na manhã desta sexta-feira, por determinação da Justiça
Federal. Além de cumprir o mandado de prisão preventiva, a Polícia Federal fez
buscas na casa de Souza, apontado pelas investigações como operador do PSDB.
Neste processo, Souza é acusado de desvio de dinheiro em
processos de desapropriação de obras viárias da Dersa. Ao lado de mais duas
pessoas, ele responde aos crimes de formação de quadrilha, peculato e inserção
de dados falsos em sistema público de informação.
Além deste processo, o ex-diretor da Dersa foi citado em
delações da Odebrecht. Ele é acusado de participar de um esquema de corrupção
nas obras do Rodoanel de São Paulo, entre 2004 e 2008.
Delatores afirmam que ele pediu dinheiro para o caixa dois
das campanhas dos tucanos José Serra e Aloysio Nunes — ambos negam as
irregularidades. Paulo Preto é amigo pessoal de Aloysio, hoje ministro de
Relações Exteriores.
A força-tarefa da Lava-Jato em São Paulo ofereceu denúncia
contra Souza, José Geraldo Casas Vilela e outras três pessoas por terem
desviado recursos, em espécie e em imóveis, entre os anos de 2009 e 2011, no
total de R$ 7,7 milhões (valores da época).
O dinheiro era destinado ao reassentamento de pessoas
desalojadas pela Dersa, empresa rodoviária do estado de São Paulo, para a
realização das obras do trecho sul do Rodoanel, o prolongamento da avenida Jacu
Pêssego e a Nova Marginal Tietê, na região metropolitana de São Paulo.
Os advogados Daniel Bialski e José Roberto Santoro divulgaram
nota em que dizem que a defesa de Souza não tem "qualquer relação com a
Lava Jato", embora o próprio MPF de São Paulo tenha dito que a medida foi
pedida pela força-tarefa do estado.
"No entendimento da defesa, trata-se de uma medida arbitrária,
sem fundamentos legais, além de desnecessária diante do perfil e da rotina do
investigado, sempre à disposição da Justiça", diz a defesa.
As informações são do "O Globo"
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