Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) repudia exposição de imagem de mulher vítima
de feminicídio publicada por "jornal" de Conchal.
Leia
nota oficial:
Nota de repúdio:
Manifesto repúdio à publicação do “Jornal Polêmica e
Debates”, do jornalista Adolfo Aparecido Januário Pedroso, com fotos do corpo
da enfermeira Nelly Cristina Venite de Souza Maria, após ter sido encontrada
morta dentro do seu apartamento na cidade de Conchal, São Paulo. De acordo com
a investigação policial, Nelly foi assassinada pelo namorado Emilson Rodrigues
de Jesus na madrugada de 25 de maio de 2018.
A exposição de foto da vítima nessas condições caracteriza o
crime de vilipêndio ao cadáver, previsto no artigo 212 do Código Penal.
Nelly Cristina foi vítima de feminicídio, que ocorre quando
uma mulher é morta tendo como motivador da ação criminosa o gênero feminino. O
Mapa da Violência de 2015 aponta que, entre 1980 e 2013, 106.093 pessoas
morreram por sua condição de ser mulher. O machismo e a misoginia atentam
contra a humanidade das mulheres expondo-as a tão alarmantes índices de
violência letal.
As fotos causaram grande transtorno para a família da
vítima, amigos e comunidade profissional que conviveram com Nelly Cristina. É
inaceitável que mesmo após a sua morte outra violência seja cometida contra a
sua imagem e dignidade.
Ao tempo em que presto solidariedade à família de Nelly
Cristina, informo que solicitarei ao Ministério Público do Estado de São Paulo
providências em relação ao caso.
Deputado Luiz Couto
Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias
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