"Censura" - PSOL partido aliado do PT pede para TSE suspender funcionamento do WhatsApp em todo país
O PSOL protocolou nesta
quinta-feira, 18, ação no Tribunal Superior Eleitoral com pedido de suspensão
das funções do WhatsApp, a partir do próximo sábado até a votação do segundo
turno. A justificativa usada é a suposta disseminação de notícias falsas por meio do aplicativo
de mensagens, realizadas por empresas apoiadoras do candidato Jair Bolsonaro
(PSL), conforme publicado na Folha de São Paulo de hoje (18)
"Desde o início das
eleições essa Corte já tinha manifestado a preocupação com as chamadas fake
news. Apesar da inicial preocupação, a verificação às vésperas do segundo turno
de votações é que as notícias falsas não foram controladas, seja pelo TSE, seja
pelo aplicativo de mensagens. As notícias falsas, difamatórias, mentirosas e de
ódio grassaram país à fora numa quantidade incalculável e ajudaram a definir
opções de voto e manifestações de apoio a determinados candidatos", diz a
representação do PSOL.
PSOL também diz que, caso o
tribunal não ache que a medida é suficiente, "seja suspenso o aplicativo
em todo o território nacional a partir de sábado, dia 20/10/18, até o fim das
eleições".
"SEGUE MATÉRIA":
SEGUNDO ATUALIZAÇÃO DO JORNAL O GLOBO
"Desde o início das
eleições essa Corte já tinha manifestado a preocupação com as chamadas fake
news. Apesar da inicial preocupação, a verificação às vésperas do segundo turno
de votações é que as notícias falsas não foram controladas, seja pelo TSE, seja
pelo aplicativo de mensagens. As notícias falsas, difamatórias, mentirosas e de
ódio grassaram país à fora numa quantidade incalculável e ajudaram a definir
opções de voto e manifestações de apoio a determinados candidatos", diz a
representação do PSOL.
O partido argumenta ainda
que é "necessária e urgente a adoção de medidas para a manutenção da
legitimidade do pleito", e, para isso, cita uma sugestão feita pela
Agência Lupa, UFMG e USP ao WhatsApp, que poderia ser imposta pelo TSE:
"Restrição de
encaminhamentos: no início deste ano, depois da disseminação de rumores que
foram compartilhados via WhatsApp e que provocaram linchamentos na Índia, a
empresa estabeleceu restrições no número de vezes que uma mesma mensagem pode
ser encaminhada. Globalmente, fixou em 20. Na Índia, reduziu para cinco.
Acreditamos que o WhatsApp deve adotar temporariamente a mesma medida no
Brasil".
Restrição de transmissões: o
WhatsApp permite que qualquer usuário envie uma mesma mensagem para até 256
contatos de uma só vez, via lista de transmissão. Isso significa que um pequeno
grupo coordenado pode facilmente orquestrar uma grande campanha de
desinformação usando o aplicativo. Ao limitar o número de pessoas que podem ser
atingidas por uma transmissão, o WhatsApp pode impedir que isso aconteça.
Limitar o tamanho de novos
grupos: Novos grupos criados no Brasil nas próximas semanas devem ter um número
máximo de usuários. Essa medida não afetaria os grupos já existentes".
Na primeira representação, o
PSOL também dizia que, caso o tribunal achasse que a medida seria insuficiente,
fosse "suspenso o aplicativo em todo o território nacional a partir de
sábado, dia 20/10/18, até o fim das eleições".
No novo pedido apresentado à
Corte, requer apenas que, caso a medida não seja suficiente, "sejam
aplicadas as medidas acautelatórias que V. Excia (ministra Rosa Weber,
presidente do TSE) entenda necessárias a coibir eventuais abusos e a
influenciação do pleito, como a aplicação de multa."
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