ATUALIZANDO
17/11 - 17:20Hs - Corpo é encontrado às margens do Rio Mogi Guaçu nasimediações do Bairro Arurá - Acesse o link
O Jovem Clayton Soares, 23
anos, estudante de ciências contábeis foi visto pela família a ultima vez, na
madrugada de 12/11.
A mãe do jovem relatou a nossa
reportagem, que antes de ir trabalhar às 4 da manhã chegou a conversar com
Clayton.
O jovem sofre de esquizofrenia
não tratada.
Segundo a mãe de Clayton, ele se recusava a tomar medicamentos
justificando que os remédios davam muito sono.
Qualquer informação sobre o
paradeiro do jovem deve ser comunicado a policia, ou também podem entrar em
contato com o F5 Conchal através do WhatsApp (19) 99153 0445 (24 horas).
O
que é Esquizofrenia?
A esquizofrenia é um
transtorno psiquiátrico complexo caracterizado por uma alteração cerebral que
dificulta o correto julgamento sobre a realidade, a produção de pensamentos
simbólicos e abstratos e a elaboração de respostas emocionais complexas.
Ao contrário do que a
maioria das pessoas pensa, a esquizofrenia não é um distúrbio de múltiplas
personalidades. É uma doença crônica, complexa e que exige tratamento por toda
a vida.
A esquizofrenia é uma doença
mental que acomete aproximadamente 1% da população mundial. Normalmente, o
transtorno aparece entre o final da adolescência e começo da vida adulta.
O transtorno foi um termo
cunhado pelo psiquiatra suíço E. Bleuler, no início do século XX e tem origem
nas raízes gregas schizo (cindir, dividir) e phren (mente), no sentido de que
as funções mentais se encontrariam divididas nesses pacientes.
Tipos
Existem alguns tipos de
esquizofrenia:
- Esquizofrenia paranoide:
com predomínio de alucinações e delírios
- Esquizofrenia heberfrênica
ou desorganizada: com predominante pensamento e discurso desconexo
- Esquizofrenia catatônica:
em que o paciente
apresente mais alterações posturais, com posições bizarras
mantidas por longos períodos e resistência passiva e ativa a tentativas de
mudar a posição do indivíduo
- Esquizofrenia simples: em
que a pessoa, sem ter delírios, alucinações ou outras alterações mais floridas,
progressivamente ia perdendo sua afetividade, capacidade de interagir com
pessoas, ocorrendo um progressivo prejuízo de seu desempenho social e ocupacional,
por vezes levando os indivíduos afetados a uma vida de sem-teto e vagando pelas
ruas.
Causas
Ainda não se conhecem todos
os mecanismos cerebrais que promovem os sintomas relacionados à esquizofrenia,
mas hoje sabe-se que se trata de uma doença química cerebral decorrente de
alterações em vários sistemas bioquímicos (neurotransmissores) e vias neuronais
cerebrais.
Vários genes em combinação
são responsáveis por estas alterações cerebrais. O ambiente, ou seja, as
relações vitais que a pessoa estabelece funcionam como fatores estressores que
contribuem para que estes genes ligados se ativarem e a doença apareça.
Não
existem fatores psicológicos ou ambientais que causam a esquizofrenia, mas sim
fatores de vida que são gatilhos para o início das alterações cerebrais da
doença.
Várias substâncias químicas,
denominadas de neurotransmissores, estão alteradas no cérebro do
esquizofrênico, principalmente dopamina e glutamato. Estudos recentes mostram
diferenças na estrutura do cérebro e do sistema nervoso central das pessoas com
esquizofrenia em comparação aos de pessoas saudáveis.
Fatores de risco
Sabe-se que alguns fatores
são gatilhos importantes para o início das alterações neuroquímicas cerebrais e
para o posterior aparecimento dos sintomas da doença no comportamento do
indivíduo:
- História familiar de
esquizofrenia: as chances são de 10% se tiver um irmão com esquizofrenia, 18%
se tiver um irmão gêmeo não-idêntico com esquizofrenia, 50% se tiver um irmão
gêmeo idêntico com esquizofrenia e 80% se os dois pais forem afetados por
esquizofrenia
- Ser exposto a toxinas,
vírus e à má nutrição dentro do útero da mãe, especialmente nos dois primeiros
trimestres da gestação
- Problemas no parto como
falta de oxigênio (hipóxia neonatal)
- Ter um pai com idade mais
avançada
- Uso de maconha
- Tabagismo.
Sintomas de Esquizofrenia
Os sintomas de esquizofrenia
no sexo masculino costumam aparecer entre os 15 e 20 anos. Já em mulheres, os
sinais da doença são mais comuns beirando os 30 anos de idade. Embora seja
raro, também é possível o aparecimento da esquizofrenia em crianças e adultos
com mais de 50 anos.
A esquizofrenia é a
principal doença de um grupo de transtornos psiquiátricos denominados de
transtornos psicóticos. Psicose é quando uma pessoa tem alterações na apreensão
e no juízo sobre a realidade (delírios) e na sensopercepção (alucinações). Além
da psicose, que geralmente ocorre no momento de crise da doença, é comum o
paciente apresentar alterações comportamentais decorrentes das lesões cerebrais
que este quadro agudo provocou como por exemplo distúrbios cognitivos
(pensamento, atenção, tomada de decisão, raciocínio abstrato, linguagem, etc) e
emocionais (apatia, falta de motivação, falta de prazer, depressão, etc).
Delírios
São alterações decorrentes
da forma como o cérebro está captando a realidade e produzindo a crítica sobre
a mesma. As alterações nestas áreas do cérebro produzem crenças convictas em
fatos e percepções que não são compartilhadas pelas outras pessoas.
Uma pessoa
delirante tem certeza que está sendo prejudicada de alguma forma ou capta
sinais em coisas que estão acontecendo à sua volta e chega a conclusões que não
são racionais (por exemplo, achar que os sinais de trânsito estão vermelhos
porque são um sinal de uma emboscada que está sendo armada para ele ou mesmo
acreditar que mensagens subliminares estão sendo enviadas a ela através de
apresentadores de TV a partir da forma como eles estão se comportando no
programa).
A pessoa com esquizofrenia
pode acreditar também que seu pensamento está sendo controlado por algo ou
alguém que está distante ou que ela própria consiga controlar o pensamento das
outras pessoas.
Os delírios mais comuns são os de estarem sendo vigiados ou
perseguidos por alguém, mas existem delírios de vários outros tipos como por
exemplo: de estarem controlando os outros, de estarem sendo controlados, de
terem criado fui inventado algo, de estarem sendo traídos, de serem culpados
por alguma catástrofe ou de estarem sendo infestados por parasitas dentro do
corpo.
Alucinações
São alterações na forma como
o cérebro percebe os estímulos do meio e se caracterizam pela percepção de
estímulos que não existem ou que não estão sendo percebidos pelas outras
pessoas como por exemplo ver coisas que só ela vê ou ouvir coisas que apenas
ela escuta. No entanto, para a pessoa com esquizofrenia, essas coisas têm toda
a força e o impacto de uma experiência normal. As alucinações podem estar em
qualquer um dos sentidos, mas ouvir vozes é a alucinação mais comum de todas. A
pessoa pode também falar sozinha interagindo com vozes que esteja ouvindo ou
com imagens ou pessoas que esteja vendo.
Pensamento desorganizado
Esse sintoma pode ser
refletido na fala, que também sai desorganizada e com pouco ou nenhum nexo. A
ideia de que pensamento desorganizado é um sintoma da esquizofrenia surgiu a
partir do discurso desorganizado de alguns pacientes. Para os médicos, os
problemas na fala só podem estar relacionadas à incapacidade de a pessoa formar
uma linha de pensamento coerente. Neste sentido, a comunicação eficaz de uma
pessoa portadora de esquizofrenia pode ser prejudicada por causa deste
problema, e as respostas às perguntas feitas podem ser parcial ou completamente
alheias e desconexas.
Habilidade motora desorganizada ou anormal
O comportamento de uma
pessoa com esse tipo de disfunção não é focado em um objetivo, o que torna
difícil para ela executar tarefas. Comportamento motor anormal pode incluir
resistência a instruções, postura inadequada e bizarra ou uma série de movimentos
inúteis e excessivos.
Sintomas em adolescentes
Os sintomas de esquizofrenia
nos adolescentes são semelhantes aos dos adultos, mas a condição pode ser mais
difícil de reconhecer. Isso pode ser em parte porque alguns dos primeiros
sintomas da esquizofrenia nos adolescentes são comuns para o desenvolvimento
típico durante a adolescência, como:
- Pouca socialização com
amigos e familiares
- Queda no desempenho na
escola
- Problemas para dormir
- Irritabilidade ou humor
deprimido
- Falta de motivação.
Em comparação com sintomas
de esquizofrenia em adultos, os adolescentes podem ser:
- Menos propensos a ter
delírios
- Mais propensos a ter
alucinações visuais.
Outros sintomas
Além dos sinais citados,
outros parecem estar relacionados com a esquizofrenia. Uma pessoa com a doença
pode:
- Não aparentar emoções ou
apresentar apatia emocional (indiferença afetiva)
- Não alterar as expressões
faciais
- Ter fala monótona e sem
adição de quaisquer movimentos que normalmente dão ênfase emocional ao discurso
- Diminuição da fala e
prejuízo da linguagem
- Negligência na higiene
pessoal
- Perda de interesse em
atividades cotidianas
- Isolamento social
- Incapacidade de conseguir
sentir prazer.
Buscando ajuda médica
A pessoa com esquizofrenia
em virtude dos sintomas da própria doença não apresentará crítica acerca do seu
quadro, já que a principal característica da psicose é a apreensão incorreta da
realidade. Neste caso, um familiar que identifique o problema deve saber que
muitas vezes será difícil convencer a pessoa sobre os sintomas já que a própria
natureza do quadro leva a pessoa a estar convicta de que o que está dizendo é a
verdade sobre a realidade. Por isso, muitas vezes algum parente ou amigo
próximo deve ser responsável por levar a pessoa doente a um especialista ou
para a internação se for o caso.
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