Alunos que agrediram professora em escola de Carapicuíba são ouvidos por promotora e serão levados para Vara da Infância
Nove alunos envolvidos na
confusão estão detidos e o juiz irá definir qual penalidade será aplicada.
Os alunos que agrediram uma professora em uma escola estadual de Carapicuíba, na Grande São Paulo, estão
prestando depoimento na tarde desta terça-feira (4) na sede do Ministério
Público da cidade.
Nove alunos são ouvidos por
um promotora. Depois, eles serão levados para a Vara da Infância, onde um juiz
vai definir qual penalidade será aplicada. Um décimo estudante, que participou
da agressão, não foi localizado pela polícia.
No dia 30 de maio, os alunos
arremessaram livros em uma professora, jogaram carteiras, vandalizaram a sala
de aula e gravaram a cena com um celular. Os estudantes foram suspensos e serão
transferidos para outros escolas, segundo a Secretaria da Educação.
No vídeo que circula nas
redes sociais, é possível ver que a professora da Escola Estadual Maria de
Lourdes Teixeira é quase atingida por um livro. Ela tenta controlar os alunos,
que seguem bagunçando as carteiras e gritando. Quando ela deixa a sala de aula,
o vandalismo se generaliza.
Os nove adolescentes
envolvidos nos atos de vandalismo chegaram ao Ministério Público de Carapicuíba
numa van, escoltados por policiais civis e um delegado, por volta das 11h20.
Uma mãe, que preferiu não se
identificar, disse ter ficado surpresa que o filho, de 12 anos, estava
envolvido nos atos de vandalismo na escola. Ela contou que nunca foi chamada
para discutir o comportamento do filho. "Nossos filhos não são marginais.
Todo mundo que tá aqui é trabalhador, são mães e pais que saem de manhã pra ir
trabalhar, deixam seus filhos na escola", afirmou. "Ninguém aqui tá
dizendo que o que aconteceu foi certo. Só que em nenhum momento a gente foi
comunicado pra que os pais pudessem, juntamente com o conselho de professores,
com Secretaria da Educação, buscar uma solução, essas crianças, desmontar a
turma. Porque nós poderíamos ter tomado uma providência pra que não chegasse ao
ponto que chegou."
A falta de funcionários na
escola para auxiliar professores e a diretora a conter os alunos são reclamação
generalizada entre os pais.
"Vejo muita confusão na
porta da escola. Dá polícia, dá tudo, adolescente brigando, criança brigando...
E é isso. Diretora sai pra separar. Já teve brigas, até, que ela já apanhou na
porta da escola."
Em março, os professores já
tinham mandado essa carta, com um abaixo-assinado, para a Secretaria da
Educação pedindo reforço. No turno da manhã, por exemplo, não tem nenhum
inspetor de alunos.
A Secretaria Estadual da
Educação disse que oito agentes responsáveis pela organização escolar que
passaram em um concurso vão começar a trabalhar, em breve, na Escola Estadual
Maria de Lourdes Teixeira.
A pasta também afirmou que
não chamou os pais não foram chamados antes para irem à escola, porque os
filhos não tinham histórico de mau comportamento.
O secretário de Educação de
São Paulo, Rossieli Soares, afirmou na manhã desta terça-feira (4) que o
governo estadual pretende criar um projeto de lei para endurecer as regras
contra alunos que ameaçam e agridem professores, além de responsabilizar alunos
e pais pelos danos causados nas escolas.
Comentários
Postar um comentário
Olá, agradecemos a sua mensagem. Acaso você não receba nenhuma resposta nos próximos 5 minutos, pedimos para que entre em contato conosco através do WhatsApp (19) 99153 0445. Gean Mendes...