Matéria: Veja
(...) No escândalo de
Araras, o bispo Vilson Dias de Oliveira não deu andamento às denúncias que
estavam sob sua jurisdição. Além do envolvimento de Leandro, há vítimas dos
padres Carlos Alberto da Rocha e Felipe Negro. O dossiê enviado ao Vaticano não
trata apenas de pedofilia. Há indícios fortes ali também de uma espécie de
“mensalinho do abuso”.
As vítimas afirmam que o
bispo exigia propinas dos párocos de conduta condenável para deixá-los atuar
sem ser investigados. A prática teria rendido dividendos visíveis. Vilson
possui dez imóveis registrados em seu nome, todos em São Paulo. Metade deles na
cidade de Guaíra e os outros em Itanhaém, no litoral sul paulista. Em uma
avaliação conservadora, a soma do patrimônio supera a marca de 1,5 milhão de
reais.
É o verdadeiro milagre da
multiplicação imobiliária. Procurado por VEJA, o bispo disse, por meio de seu
advogado, que não cometeu condutas ilícitas. Acusado de abuso contra Paula
Vallentin e de ter assediado Mariele da Silva Dibbern, Felipe Negro negou os
crimes. “Essas denúncias não conferem”, limitou-se a dizer. O advogado Paulo
Henrique de Moraes Sarmento falou em nome do padre Leandro: “Das seis pessoas,
apenas duas foram ouvidas na delegacia competente para apurar o caso, e as
outras quatro foram levadas até outra delegacia, onde foram ouvidas à revelia
deste defensor, violando-se o direito de ampla defesa de meu cliente”. O
defensor também refuta a história do “mensalinho do abuso”. “O padre Leandro
nunca fez nenhum pagamento a dom Vilson”, afirma.
(…)
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