Para concluir a votação, os
deputados ainda terão de analisar destaques que pedem mudanças no texto.
Próximo passo será análise do projeto pelo plenário da Câmara.

A comissão especial da Câmara que analisa a reforma da Previdência aprovou nesta quinta-feira (4), por 36 votos a 13, o texto-base do parecer do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), favorável ao endurecimento das regras de aposentadoria.

A comissão especial da Câmara que analisa a reforma da Previdência aprovou nesta quinta-feira (4), por 36 votos a 13, o texto-base do parecer do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), favorável ao endurecimento das regras de aposentadoria.
Para concluir a votação, os
deputados precisarão ainda analisar 17 destaques das bancadas que pedem
mudanças no texto. Outros 99 destaques foram protocolados individualmente por
parlamentares, mas, provavelmente, serão rejeitados em bloco.
Após ter sido aprovada na
comissão, a proposta de emenda à Constituição (PEC) seguirá para o plenário da
Câmara, onde terá de passar por dois turnos de votação e necessitará do apoio
de ao menos 308 dos 513 deputados. Depois, se aprovada, vai para o Senado.
Reforma
Considerada a principal
aposta da equipe econômica do governo para sanear as contas públicas, a reforma
da Previdência modifica as regras de aposentadoria para funcionários do setor
privado e servidores públicos da União.
Os novos critérios valerão
para quem ainda não começou a trabalhar. Quem já está trabalhando e
contribuindo para o INSS ou o setor público terá regras de transição.
Houve uma tentativa de
incluir a previsão de que a reforma também valesse para servidores estaduais e
municipais, mas não houve acordo.
Veja alguns pontos aprovados no texto-base:
Idade mínima de aposentadoria
·
65 anos para homens
do setor público e do privado
·
62 anos para mulheres
do setor público e do privado
Idade mínima de professores
·
60 anos para homens
·
57 anos para mulheres
Tempo de contribuição
Setor privado:
·
20 anos para homens
·
15 anos para mulheres
Setor público:
·
25 anos para homens e
mulheres
Regra de transição
As regras da PEC valerão
para quem ainda não começou a trabalhar. Quem já está trabalhando e
contribuindo para o INSS ou o setor público terá regras de transição.
Para quem trabalha, a idade
mínima subirá aos poucos. Começa em 61 anos (homens) e 56 anos (mulheres) e
terá acréscimo de 6 meses por ano. Em 2021, por exemplo, será de 62 (homens) e
57 (mulheres).
O que ficou fora do parecer
do relator:
·
Capitalização -
PEC enviada pelo governo abria caminho para a criação do modelo de
capitalização, em que cada trabalhador poderia fazer a própria poupança, mas
essa parte saiu do relatório.
·
Estados e municípios
- Mudanças nas regras de aposentadoria de servidores estaduais e municipais não
foram incluídas na PEC, conforme previa o texto inicial do governo Bolsonaro.
·
Desconstitucionalização
- Relator também vetou dispositivos que tiravam da Constituição regras que
definem idade e tempo de contribuição mínimos, o que permitiria que futuras
mudanças pudessem ser feitas por meio de projeto de lei, que exige quórum menor
do que uma PEC.
·
BPC - Atualmente, o
Benefício de Prestação Continuada (BPC) é pago, no valor de um salário mínimo,
a pessoas com deficiência e idosos de baixa renda. A proposta original do
governo era pagar um salário mínimo após os 70 anos (hoje é a partir dos 65),
com a possibilidade de pagar R$ 400 a partir dos 60. O relator, porém, manteve
a regra atual.
Conteúdo: G1
Conteúdo: G1
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