Doria: ‘Não importa a condição social do aluno: depredou, vai pagar. Ou será penalizado judicialmente’
O
município e o estado de São Paulo discutem leis para responsabilizar alunos de
escolas públicas por vandalismo e agressões a professores. Neste final de
semana, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que os estudantes
que depredarem ‘qualquer objeto’ precisarão pagar o valor integral desse item,
não importando a condição social de sua família. O mesmo vale para indenizações
de professores agredidos.
Doria
também disse que, caso o ressarcimento não seja feito, o estudante será
penalizado na Justiça. O aluno que depredar a escola pública vai ter que pagar
pela depredação, não importa qual seja sua condição socioeconômica, onde ele
viva, qual a escola. Depredou, vai pagar, e se não pagar será penalizado
judicialmente”, declarou.
Ele
ressaltou que o objetivo da ação é criar uma nova geração de brasileiros. “Nós,
com isso, também, vamos fazer um chamamento aos pais desses alunos para que de
maneira responsável eduquem os seus filhos e comandem suas famílias para formar
uma nova geração de estudantes, de brasileiros que trabalhem e respeitem as
pessoas e o patrimônio público. Não respeitou, será penalizado. E a pena começa
com o ressarcimento integral de qualquer objeto em sala de aula ou na escola que
venha a ser destruído e também os custos advindos de qualquer agressão física à
professores físicas à professores ou gestores das escolas públicas do no estado
de São Paulo”, terminou.
No
legislativo paulistano, o vereador Gilberto Nascimento Júnior (PSC-SO) garantiu
respeitar o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), mas também vai propor uma visão educacional que passa pelo
ressarcimento dos prejuízos financeiros. “Chamar esses meninos para realmente
participarem dessas oficinas, olha, vamos concertar a carteira assim, ah, vai
ter o custo da carteira? Chama seus pais, vamos responsabilizá-los, também, por
isso. Ah, vamos ter que pintar parede? Então vamos pegar um sábado aqui, fazer
esse trabalho de pintar a parede…”
Segundo
ele, caso os estudantes não auxiliem na reconstrução do bem depredado, a
assistência social será contatada. “Então claro, a gente também colocou esse
gatilho na questão social para que escolas tenham o direito e a obrigação de,
se aluno ou pai não comparecerem para essas medidas de recuperação do
patrimônio, ou de traumas das professoras, que eles tenham a obrigação de falar
com a assistência social para a suspensão dos programas sociais que aquelas
famílias participam.”
O
vereador sustenta que dados do sindicato estadual dos professores apontam que
cinquenta e dois por cento dos profissionais alegam que já foram agredidos, no
ambiente escolar.
Conteúdo: Jovem Pan
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