Em escuta telefônica
realizada pela Polícia Federal e obtida pela RecordTV, o tesoureiro nacional da facção criminosa PCC conhecido
como “Elias”, preso esta semana, em uma das conversas, ele reclama das ações do
atual governo, e diz que o diálogo era mais fácil em gestões anteriores. A
reportagem foi ao ar nesta quinta-feira (08) no ‘Jornal da Record’.
“Os caras tão no começo do mandato dos cara, você acha que os cara já
começou o mandato mexendo com nois irmão. Já mexendo diretamente com a cúpula,
irmão", diz Alexsandro Roberto Pereira, conhecido como ‘Elias’. Segundo
as investigações, ele atua como espécie de "tesoureiro" do PCC e
também participa da hierarquização da facção, sendo assim um dos líderes da
organização.
"Com nois já não tem
diálogo, não, mano. Se vocês estava tendo diálogo com outros, que tava na
frente, com nois já não vai ter diálogo, não’’, continua Elias.
Logo após criticar Moro, o
criminoso faz comentários elogiosos sobre o suposto "diálogo" que a
facção teria com o PT . “Ele começou a
atrasar quando foi pra cima do PT. Pra você ver, o PT com nois tinha diálogo. O
PT tinha diálogo com nois cabuloso, mano, porque… situação que nem dá pra nois
ficar conversado a caminhada aqui pelo telefone, mano. Mas o PT, ele tinha uma
linha de diálogo com nois cabulosa, mano", explicou Elias, em conversa
com André Luiz de Oliveira, conhecido
como ‘Salim’.
Em nota, o Partido dos
Trabalhadores negou as acusações.
"Esta é mais uma armação como tantas outras forjadas contra o PT, e vem
no momento em que a Polícia Federal está subordinada a um ministro acuado pela
revelação de suas condutas criminosas. Quem dialogou e fez transações
milionárias com criminosos confessos não foi o PT, foi o ex-juiz Sergio Moro,
para montar uma farsa judicial contra o ex-presidente Lula com delações
mentirosas e sem provas. É Moro que deve se explicar à Justiça e ao país pelas
graves acusações que pesam contra ele", escreveu o partido.
Conteúdo: Record TV
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