Vítima tinha 42 anos e não
havia sido imunizada, segundo Secretaria Estadual da Saúde. Balanço da semana
passada registrou no estado 2.457 casos da doença, sendo 66% na capital.
Conteúdo: ‘G1’
A Secretaria Estadual da
Saúde anunciou na tarde desta quarta-feira (28) a primeira morte provocada pelo
sarampo na cidade e no estado de São Paulo desde o início do surto da doença
neste ano. Segundo a secretaria, é a primeira morte no estado desde 1997.
A vítima é um homem de 42
anos, sem registro de imunização. Ele era morador de Itaquera, Zona Leste da
capital, chegou a ficar internado no hospital e morreu em 17 de agosto. O homem
não possuía o baço, órgão do sistema linfático responsável por, entre outras
funções, produzir e armazenar células de defesa do corpo.
A Secretaria Municipal de
Saúde informou que fez bloqueio na região onde a vítima morava, no hospital,
próximo à família dele e no local onde ele trabalhava. Além disso, aplicou
vacinas nas pessoas que vivem ou trabalham nesses locais. A suspeita é que a vítima
tenha contraído sarampo de duas sobrinhas.
O sarampo é uma doença
altamente contagiosa que pode evoluir para complicações e levar à morte. De
acordo com o balanço da Secretaria da Saúde divulgado na semana passada, o
estado tem 2.457 casos da doença, sendo 66% na capital paulista, o que equivale
a 1.637 pessoas contaminadas pela doença.
Segundo o último balanço
nacional do Ministério da Saúde, referente ao período entre 19 de maio e 10 de
agosto, 99% dos casos confirmados da doença foram no estado de São Paulo.
Surto no país
Antes considerado um país
livre do sarampo, o Brasil perdeu o certificado de eliminação da doença
concedido pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) em fevereiro deste
ano, após registrar mais de 10 mil casos em 2018. O surto aconteceu
principalmente nos estados de Amazonas e Roraima.
Durante as décadas de 1970 e
80, o sarampo ainda era umas das principais causas de mortalidade infantil no
Brasil. Até que, a partir de 1999, o país não registrou mais mortes pela
doença, o que só voltou a ocorrer em 2018.
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