Valor representa alta de 20% na comparação com este ano.
No Sudeste, haverá alta de quase 3%.
Conteúdo: ‘O GLOBO’
Os consumidores de energia
de todo o país devem pagar R$ 20,6 bilhões em subsídios nas contas de luz em
2020. O valor representa uma alta de 20% na comparação com o total pago pelos
clientes neste ano. Os números foram apresentados nesta terça-feira pela
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
O dinheiro será usado para
bancar ações e programas sociais do governo no setor elétrico e é um dos
principais fatores que impactam no crescimento das tarifas de eletricidade. Os
valores ainda podem ser alterados até o início do próximo ano, porque o
orçamento dos subsídios do setor elétrico ainda passará por consulta pública
por 30 dias.
O montante irá pesar nas
contas de luz em 2020. Para os consumidores das regiões Sudeste e Centro-Oeste,
o montante significa uma alta de 2,81% nas tarifas. No Norte e Nordeste, a alta
será 1,53%.
A definição da tarifa que
chega para o consumidor, no entanto, leva em conta outros fatores, como preço
de energia, volume das chuvas e impostos estaduais. Os reajuste de cada
distribuidora é definido anualmente.
Os números fazem parte do
orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), principal fundo do
setor. A CDE é paga por todos os consumidores de energia elétrica por meio das
contas de luz.
Os recursos da CDE são
usados em ações como subsídio à tarifa para famílias de baixa renda, compra de
combustível para gerar energia em regiões isoladas do país e o programa Luz
Para Todos. Parte do dinheiro também vai para sistemas de irrigação e empresas
de saneamento. A conta serve ainda para incentivar usinas eólicas e solares.
A maior parte do orçamento
da CDE será destinado para bancar descontos tarifários na distribuição de
energia que beneficiarão atividades como de irrigação e aquicultura, serviços
público de água, esgoto e saneamento, e consumidores rurais. Nesse caso, o
pagamento será de R$ 8,4 bilhões.
Os gastos para bancar a
geração de energia em regiões isoladas do país subirão 20% na comparação com
2019 e irão atingir R$ 7,5 bilhões em 2020. Nessa conta, estão os gastos para
gerar energia para o Roraima. O estado é o único fora do sistema interligado
nacional e depende hoje de geração de energia por meio de termelétricas. Antes,
grande parte da energia da região vinha da Venezuela. A crise no país vizinho,
porém, fez cortar esse fornecimento. O governo tenta construir uma linha de
transmissão até Boa Vista para ligar Roraima ao sistema nacional.
Os descontos da tarifa
social, concedido para clientes de baixa renda, irão custar R$ 2,6 bilhões em 2020,
alta de 10% na comparação com este ano.
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