Câmbio reforça perdas dos
últimos pregões e encosta no piso psicológico mais importante do ano.
Conteúdo: ‘InfoMoney’
O Ibovespa vira para queda
nesta quinta-feira (24) com realização dos ganhos recentes. Na abertura, o
índice apontava para alta, levantando a possibilidade de testar mais uma vez os
limites do rali que já levou o benchmark a bater três recordes históricos consecutivos.
No radar macroeconômico, o Banco Central Europeu (BCE) decidiu por manter os
estímulos econômicos à zona do euro.
Também no noticiário de
hoje, o investidor deve acompanhar o dia mais importante da temporada de
resultados do terceiro trimestre, que tem Petrobras e Vale depois do
fechamento.
Às 11h13 (horário de
Brasília) o principal índice da B3 tinha queda de 0,32% a 107.202 pontos.
Já o dólar comercial recua
0,31% a R$ 4,0194 na compra e a R$ 4,0204 na venda. O dólar futuro para
novembro caía 0,4% a R$ 4,020.
Entre os principais fatores
para esse movimento está a perspectiva de entrada de dólares no País por conta
do megaleilão de petróleo da cessão onerosa, que está marcado para o dia 6 de
novembro e deve levar à arrecadação de R$ 106,5 bilhões segundo cálculos do
governo.
Além disso, os sinais de que
a tensão política no Chile está se arrefecendo se somam a dados abaixo do
esperado nos pedidos de bens duráveis nos Estados Unidos para também ajudarem a
levar o câmbio a operar em níveis próximos aos do piso psicológico de R$ 4,00.
No mercado de juros futuros,
o DI para janeiro de 2021 cai cinco pontos-base a 4,46% e o DI para janeiro de
2023 recua seis pontos-base a 5,40%.
O BCE optou por não mexer
nos estímulos monetários em sua na última reunião chefiada por Mario Draghi,
que será substituído a partir de primeiro de novembro pela ex-diretora geral do
Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde. Draghi repetiu nesta
quinta seu apelo para que os governos ajam para fortalecer a zona do euro,
cobrando estímulos fiscais e reformas econômicas.
Hoje, após o fechamento do
mercado, saem os resultados de Vale, que devem vir com números sólidos de
volumes e preços fortes de minério de ferro, parcialmente ofuscados pela alta
no custo do frete, e da Petrobras, com expectativa de bons resultados
impulsionados pelo aumento da produção, mesmo com a queda do preço médio do petróleo.
Ainda no Brasil, o jornal
Folha de S.Paulo traz que o ministro da Economia, Paulo Guedes, quer extinguir
os patamares mínimos que Estados e municípios são obrigados por lei a aplicar
em saúde e educação. A mudança está prevista na minuta de uma PEC prestes a ser
enviada ao Congresso.
No STF, o plenário segue
julgamento que se discute a possibilidade de cumprimento da pena antes de serem
esgotadas todas as possibilidades de recurso (trânsito em julgado). Até o
momento, o placar do julgamento está em 3 votos a 1 a favor da prisão em
segunda instância.
Noticiário Corporativo
O Ministério de Minas e
Energia (MME) informou que, ao contrário do que vem sendo especulado, o
pagamento de US$ 9 bilhões da União à Petrobras (PETR3; PETR4) referente à
revisão do contrato da cessão onerosa será feito ainda este ano. Ou seja, assim
que a União receber o pagamento pelos blocos vendidos no leilão do excedente da
cessão onerosa, previsto para 6 de novembro, será feita a transferência para a
Petrobras.
A primeira parcela do bônus
total de R$ 106 bilhões, referente à venda dos quatro blocos ofertados no
leilão, no valor de R$ 70,5 bilhões terá que ser paga em 27 de dezembro. O
restante, ou R$ 35,5 bilhões, poderá ser pago até junho de 2020. “A realização
do leilão dos volumes excedentes da cessão onerosa possibilitará prontamente o
pagamento à Petrobras”, disse o MME em nota oficial.
O Valor Econômico traz que a
BR Distribuidora (BRDT3) pretende estender sua atuação para além da
distribuição de combustíveis. O plano, segundo o presidente da empresa, Rafael
Grisolia, é criar comercializadoras (tradings) de etanol, energia e gás
natural. Também estão em curso a revisão de contratos assinados quando a
Petrobras era controladora e reduzido o quadro de empregados.
Na safra de resultados, a
CSN (CSNA3) registrou prejuízo líquido de R$ 871 milhões no terceiro trimestre,
revertendo lucro de R$ 752 milhões de igual período do ano passado – impactado
pelo aumento das despesas com variações monetárias e cambiais. O Ebitda ajustado
registrou redução de 4%, para R$ 1,567 bilhão, ficando abaixo do consenso da
Bloomberg, de R$ 1,77 bilhão. A receita líquida consolidada somou R$ 6,006
bilhões, queda de 3%.
Já a Localiza (RENT3)
apresentou um Lucro líquido no terceiro trimestre, sem os efeitos do IFRS 16,
de R$ 205,9 milhões, representando aumento de 28,8% em relação ao mesmo período
– puxado pelo aumento do Ebtida, que somou R$ 545,1 milhões (+26,8%) e menores
despesas financeiras. A receita líquida consolidada somou R$ 2,671,1 bilhões,
expansão de 28,8%.
A TIM (TIMP3) entrou com um
recurso no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) contra a
aprovação, sem restrições, da compra da Nextel pelo grupo América Móvil, dono
da Claro. A compra foi anunciada em março, pelo valor de US$ 905 milhões, e o
aval do órgão regulador foi concedido em setembro.
A Comissão de Valores
Mobiliários (CVM) rejeitou uma proposta de membros do Conselho de Administração
da Qualicorp (QUAL3) envolvendo multa à autarquia de R$ 1,2 milhão. O caso remete
ao pagamento de um contrato de não competição proposto ao fundador da empresa,
José Seripieri Filho, conhecido como Júnior, em outubro de 2018, de R$ 150
milhões.
A Caixa Econômica Federal
pretende concluir até meados do ano que vem a abertura de capital de ao menos
duas subsidiárias – a Caixa Seguridade e a Caixa Cartões. Esse é o plano, mas,
para que saia do papel, depende ainda de aprovação do Tribunal de Contas da
União (TCU) e da B3 (B3SA3), afirmou o presidente do banco, Pedro Guimarães.
(Com Agência Estado, Agência
Brasil, Agência Senado, Agência STF e Bloomberg).
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