Jovem é preso suspeito de vender planos de saúde falsos em Goiânia; vítima morreu à espera de consulta
Além disso, homem também é
suspeito ofertar falsas vagas em cargos públicos, prometendo um salário de R$ 4
mil e pelas quais cobrava valores de até R$ 1 mil.
Um jovem de 26 anos foi
preso suspeito de vender planos de saúde falsos, em Goiânia. Segundo a Polícia
Civil, Marlos Luz da Silva Júnior cobrava até R$ 1 mil pelo serviço que nunca
existiu. Uma das vítimas, Jovenil Ramos, 53, acabou caindo no golpe e morreu a
espera de uma consulta para tratar problemas cardíacos. A polícia apura se a
atitude de jovem foi responsável direta pelo óbito.
Além disso, ele também é
suspeito ofertar falsas vagas em cargos públicos, prometendo um salário de R$ 4
mil e pelas quais cobrava valores de até R$ 1 mil.
Marlos foi preso na última
quinta-feira (17), em cumprimento a um mandado de prisão preventiva. Segundo a
polícia ele ainda não tem advogado e confessou "indiretamente" o
crime.
"Ele confessou o crime,
mas ele tenta, de alguma forma justificar a prática disso. Ele alega que não
vendia o plano. Ele diz que pedia essa contribuição para tentar usar de uma
suposta influência política que tinha em hospitais e redes de saúde",
disse o delegado Cássio Arantes do Nascimento, responsável pelo caso.
Família enganada
Jovenil morreu no último dia
13 de maio. Segundo o delegado, nove dias antes ele teve um infarto e foi
orientado a fazer consultas e exames específicos em caráter de urgência. Foi
quando ele conheceu Marlos e pagou R$ 300 em quota única pelo falso plano de
saúde. Morreu a espera de uma consulta que nunca existiu.
Nascimento explica que além
de Jovenil, outras quatro pessoas da família dele também foram enganadas:
cunhado, irmão, sobrinho e prima. Está última fez o falso plano com o intuito
de passar por uma cirurgia bariátrica.
O delegado diz que ainda
apura se a ausência do plano de saúde foi a principal causa da morte. Se isso
fica comprovado ao longo da investigação, Marlos pode responder, além do
estelionato, também por homicídio.
Venda de cargos
As investigações começaram
logo após a família de Jovenil registrar na polícia uma ocorrência contra
Marlos. Durante a investigação, a corporação descobriu que ele tinha outras dez
passagens por estelionato. Outro golpe que ele aplicava era a venda de falsos
cargos públicos.
A polícia descobriu que ele
se dizia correligionário de um partido político e tinha disponíveis 43 vagas
com salários de R$ 4 mil cada. Para isso, o interessado tinha que pagar r$ 1
mil para um curso de gestão em segurança pública, com duração de 3 meses, mas
que não era necessário a frequência as aulas.
No entanto, assim como o
plano de saúde, tais vagas de emprego nunca existiram.
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