Conteúdo: ‘Carta Capital’
Pesquisadores da Universidade
Federal da Bahia (UFBA) estão tentando minimizar os efeitos negativos do óleo
recolhido nas praias do litoral do Nordeste.
Eles criaram uma técnica que
transforma o óleo em um tipo de carvão granulado, que pode ser usado como
mistura para asfalto e blocos de construção, como explica a professora Zenis
Novais. Segundo a professora, o projeto de compostagem adiciona álcool, etanol
e acetona no óleo achado nas praias e que, para fazer a mistura, é usada uma
betoneira.
O governador da Bahia, Rui
Costa, informou que todo o material que for recolhido nas praias do estado será
processado e reciclado por uma empresa especializada.
Origem desconhecida
Já foram recolhidas mais de
1000 toneladas de petróleo cru em todo o litoral nordestino. Mais de 2 mil
quilômetros de costa foram poluídos com o material, que também atingiu mangues
e corais.
Os primeiros registros de
manchas de óleo nas praias da Região Nordeste são do dia 30 de agosto deste
ano. Ainda não há certeza sobre a origem do vazamento. Atualmente, mais de 200
localidades litorâneas registram presença de óleo cru. De acordo com o governo
da Bahia, novas manchas apareceram nesta terça-feira 22 no litoral sul do
estado.
Pesquisadores do Laboratório
de Métodos Computacionais em Engenharia (Lamce) da Coppe/UFRJ acreditam que o
ponto de origem do despejo de óleo que polui a costa do Nordeste esteja em uma
área entre 600 km e 700 km da costa brasileira, numa faixa de latitude com
centro na fronteira entre Sergipe e Alagoas. O trabalho foi realizado por meio
de imagem de satélite, computação de alto desempenho e modelo matemático.
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