Medidas buscam o equilíbrio
das contas públicas e a aceleração do crescimento da economia. Pacote foi
entregue ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre.
Conteúdo: 'G1'
O presidente Jair Bolsonaro
entregou no Congresso nesta terça-feira (5) um pacote de medidas para a área
econômica.
Entre as propostas (veja
detalhes mais abaixo) estão mudanças no chamado pacto federativo, em fundos
públicos e nas regras das contas públicas, algumas delas consideradas
emergenciais pelo governo.
Bolsonaro já havia ido ao
Congresso pessoalmente, no início do mandato, entregar a reforma da Previdência
e o projeto com mudanças no Código de Trânsito Brasileiro.
O pacote com medidas
econômicas foi entregue no gabinete do presidente do Senado e do Congresso
Nacional, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP). Acompanharam Bolsonaro o ministro
da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e o da Economia, Paulo Guedes.
Em um breve discurso,
Bolsonaro ressaltou que as afinidades entre Executivo e Legislativo são maiores
do que se imagina.
"Eu tenho certeza que existe muito mais coisa em comum que une o
Executivo e o Legislativo do que sonha a vã filosofia", afirmou.
"Temos certeza de que em pouco tempo, talvez no início do ano que vem,
talvez meados do ano que vem no máximo, essa proposta se tornará uma realidade
", completou Bolsonaro.
Para o presidente, as
medidas vão permitir a descentralização dos recursos. Isso significa que
estados e municípios terão mais verba e mais autonomia para decidir em que
áreas investir.
"Eles lá embaixo, nos
estados e municípios, decidirão o que fazer melhor do que muitos de nós, porque
eles vivem o problema do dia a dia lá na sua base", argumentou Bolsonaro.
O ministro Paulo Guedes
informou que a previsão do governo é aumentar em R$ 500 bilhões a verba de
estados e municípios nos próximos 15 anos.
"Na verdade, nós vamos garantir finanças sólidas para a República
brasileira. Ao mesmo tempo, estamos descentralizando recursos para estados e
municípios de forma a fortalecer a federação brasileira", disse o
ministro.
Alcolumbre agradeceu a
presença de Bolsonaro e disse que as propostas agora passarão por um debate
"produtivo" na Casa. Ele não deu prazos para a aprovação dos
projetos.
“A possibilidade da
descentralização desses recursos só foi possível porque esse governo
compreendeu a necessidade de fazer as coisas acontecerem onde as pessoas
vivem”, declarou.
O presidente do Senado disse
que conversará com os senadores nesta quarta-feira (6) em uma “grande reunião”
para apresentar as propostas oficialmente e discutir com os líderes os passos
da tramitação. Alcolumbre pediu a presença dos 81 senadores.
“Com certeza absoluta esse
protagonismo do Senado como casa da federação abraça essas propostas e recolhe
da parte do governo federal o comprometimento de fazermos a votação, o
aprimoramento dessas matérias para a gente fazer essa descentralização de fato
e direito, aguardada por milhões de brasileiros” afirmou.
Medidas
O pacote econômico prevê
ações com o objetivo de melhorar as contas do governo, dos estados e
municípios, simplificar procedimentos e estimular o crescimento da economia,
visando a geração de empregos.
Nesta terça foram
apresentadas três propostas de emenda à Constituição (PEC) que propõem
alterações no pacto federativo.
O pacto federativo é um
conjunto de regras constitucionais que determina a arrecadação de recursos, os
campos de atuação dos estados e municípios e suas obrigações para com os
contribuintes.
Veja as propostas:
·
Divisão dos recursos do petróleo: junto com a divisão dos recursos do megaleilão de
petróleo da cessão onerosa, o ministro Paulo Guedes já informou que o governo
quer aumentar a destinação de recursos do pré-sal aos estados e municípios;
·
Fundeb:
manutenção do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica
(Fundeb), com aumento no repasse da União de 10% para 15%, que seria feito por
meio de recursos existentes nos fundos constitucionais;
·
Descentralizar, desvincular e desindexar (DDD): além da descentralização de recursos (destinação maior
de verbas do petróleo e do Fundeb para os estados e municípios), o plano do
ministro Paulo Guedes prevê ainda a desindexação do orçamento (que as despesas
deixem de crescer, na medida do possível, de acordo com indexadores) e a
desvinculação de recursos (desobrigação de gastos em determinadas áreas). O
plano ficou conhecido como "DDD". O governo indica que vai propor a
unificação dos pisos de gastos com Saúde e Educação;
·
Conselho Fiscal da República: criação do Conselho Fiscal da República que reunirá
integrantes da área econômica, do Congresso Nacional, do Judiciário e dos
estados. O presidente Jair Bolsonaro também poderá participar dos encontros. A
ideia, segundo disse recentemente o ministro da Economia, é o conselho analisar
a cada três meses a destinação dos recursos públicos e o cumprimento de regras
fiscais.
O governo vai apresentar
detalhes das medidas em uma entrevista coletiva na tarde desta terça.
Outro projeto, que
estabelece diretrizes para uma reforma administrativa, deve ser anunciado esta
quarta-feira (6). Um pacote de estímulo à geração de emprego ficou para
quinta-feira (7).
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