A “Doença do Pombo”, como muitas mídias divulgam por aí, trata-se da criptococose. O principal reservatório do fungo é matéria orgânica morta presente no solo, em frutas secas, cereais e nas árvores. O fungo causador dessa doença também é encontrado nas fezes de morcegos e aves, principalmente dos pombos, porém existem outras doenças que podem ser transmitidas pelas fezes de animais como a hantavirose e a histoplasmose.
Os protocolos de saúde atuais não obrigam a notificação dos casos pelas unidades de saúde públicas e particulares. No entanto, destacamos que ações de orientação e educação para prevenção e de controle de pragas urbanas são realizadas. Porém, a rápida reprodução dos pombos dificulta o controle da doença. A solicitação de fiscalizações em áreas e imóveis com pombos podem ser solicitadas bem como outras orientações sobre os procedimentos indicados são fornecidas pelo telefone (19)3866-2862 (setor de Vigilância em Saúde).
O que é a doença do pombo?
A doença do pombo é ocasionada por fungos que se proliferam nas fezes secas dos pombos e também em ocos de árvore. O risco maior está em realizar a varrição ou limpeza a seco bem como o contato com ambientes fechados, onde esses animais em grande quantidade se abrigam, pois os esporos do fungo podem estar espalhados pelo ar. Após ser inalado pelas pessoas, os fungos se instalam nos pulmões e de lá migram para o sistema nervoso central. A doença também pode resultar em meningite. Por isso, a ordem é evitar o contato com animais e lugares de concentração dos pombos.
Como evitar?
Assim como os humanos, não só os pombos, mas qualquer vetor de doença precisa de três fatores para sobreviver: água, alimento e abrigo. Dessa forma, procuram viver nas proximidades da população porque é ela quem fornece esses elementos nas frestas das casas, porões, sótãos ou até mesmo por deixar comida acessível no lixo ou aberta na despensa.
Há ainda as pessoas que voluntariamente alimentam os pombos e os mantém perto do contato. Outro fator são os locais propícios para empoleiramento, construção de ninhos e de abrigo das aves nas construções, que oferecem moradia fácil para tais animais em vigas, paredes, estruturas metálicas, colunas, forros abertos, sótão, alçapão, etc. Isso pode oferecer um grande risco à saúde pública. Vale lembrar, no entanto, que os pombos não devem ser mortos, apenas devemos repelir os animais ou impedir seu acesso para que sejam controlados, já que têm importância ambiental assim como outras aves.
Pamella Figueiredo – Vigilância e Controle de Zoonoses
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