Conteúdo 'UOL'
Um homem de 45 anos foi morto a pauladas em Porto dos
Gaúchos (MT), a 475 quilômetros de distância de Cuiabá. Uma mulher de 48 anos
confessou o crime, alegando ter sido agredida por Mario Aparecido Lelis, que
também teria tentado fazer sexo com ela.
Conforme o delegado Albertino Felix, responsável pela
investigação, a mulher chegou à delegacia e apresentava machucados nas pernas e
pequenas escoriações pelo corpo e, por isso, foi encaminhada para realização do
corpo delito.
O crime aconteceu no último domingo (17) e o caso só veio
à tona no dia seguinte quando a polícia recebeu uma denúncia. Um amigo da
vítima, que estava dormindo na casa dele, ficou preocupado com o sumiço
repentino de Lelis e passou a procurá-lo.
A polícia foi até a casa da mulher e localizou o corpo
nos fundos da casa, descoberto e com sinais de agressão nas costas. O pedaço de
madeira utilizado por ela foi encontrado e apreendido pelos investigadores,
porém, sem sinais de sangue.
A polícia já ouviu mais de dez pessoas para esclarecer o
crime. Entre elas, outros três homens que estavam na casa da mulher. As
testemunhas afirmaram que todos estavam bebendo, mas negaram que Lelis
agrediu-a ou tentou manter relações sexuais com ela.
Os três homens afirmaram que mulher fazia programas
sexuais, o que foi negado por ela em depoimento. Segundo o delegado, o trio foi
embora no momento que a mulher tomou o pedaço de madeira nas mãos e, por isso,
não presenciaram o crime. "Os outros que bebiam saíram de lá para também
não serem agredidos", relata Félix.
Após ser ouvida, ela foi liberada. Conforme o delegado,
não havia requisitos legais para a prisão em flagrante, já que a mulher não foi
localizada momentos após a morte. "O cadáver já estava em rigidez
cadavérica. Não havendo assim situação de flagrante delito."
O inquérito ainda está em andamento, porém, Felix
descarta que ela tenha agido em legítima defesa. "As testemunhas não confirmam
o que ela disse. E ela depois de atingir a vítima, disse que continuou dando as
pauladas. Poderia ter parado as agressões", observa.
Além de homicídio doloso (quando há intenção de matar), a
mulher vai responder por fraude processual, já que foi identificado que ela
mudou a cena do crime. Segundo o delegado, as primeiras pauladas ocorreram na
varanda da casa e, em seguida, ela teria arrastado o homem ainda com vida para
dentro da casa e desferido mais golpes. No dia seguinte, levou o corpo para o quintal.
De acordo com o delegado, a dinâmica do crime ficou comprovada com o depoimento
das testemunhas e por análise do local.
Comentários
Postar um comentário
Olá, agradecemos a sua mensagem. Acaso você não receba nenhuma resposta nos próximos 5 minutos, pedimos para que entre em contato conosco através do WhatsApp (19) 99153 0445. Gean Mendes...