Conteúdo: ‘UOL’
Cerca de 3,2 milhões de
pessoas estão à procura de emprego há dois anos ou mais no Brasil. Segundo
dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - Contínua (Pnad
Contínua), divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), isso representa 25,2% dos 12,5 milhões de desocupados do país.
Ainda segundo o IBGE, cerca
de 1,8 milhão, ou 7,1% dos desempregados, estavam há menos de um mês procurando
emprego. A taxa de desemprego no país no terceiro trimestre deste ano,
divulgada no fim de outubro, ficou em 11,8%, abaixo dos 12% registrados no
segundo trimestre.
A Pnad-Contínua divulgada
hoje trouxe ainda dados sobre taxa de desemprego dos estados. O estado de São
Paulo foi o único a apresentar queda na taxa de desemprego do segundo para o
terceiro trimestre deste ano. A taxa recuou de 12,8% para 12% no período em São
Paulo.
Segundo a pesquisadora da
IBGE, Adriana Beringuy, a queda ocorreu devido à redução do número de
desempregados e não em função do aumento da ocupação.
Já Rondônia foi o único
estado com alta na taxa de desemprego, ao passar de 6,7% para 8,2%. As outras
25 unidades da federação tiveram estabilidade na taxa, de acordo com os dados
do IBGE.
As maiores taxas foram
observadas nos estados da Bahia (16,8%), Amapá (16,7%) e Pernambuco (15,8%). Já
os menores níveis foram registrados em Santa Catarina (5,8%), Mato Grosso do
Sul (7,5%) e Mato Grosso (8%).
Na comparação com o terceiro
trimestre do ano passado, houve altas em Goiás (que passou de 8,9% para 10,8%)
e Mato Grosso (de 6,7% para 8%). Três estados tiveram queda neste tipo de
comparação: São Paulo (13,1% para 12%), Alagoas (de 17,1% para 15,4%) e Sergipe
(17,5% para 14,7%).
A taxa composta de
subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas ou
subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas) foi de 24% no país.
Maranhão (41,6%) e Piauí (41,1%) apresentam estimativas acima de 40%.
Por outro lado, as menores
taxas foram observadas em Santa Catarina (10,6%), Mato Grosso (14,7%), Rio
Grande do Sul (16,3%) e Mato Grosso do Sul (16,3%).
Desalentados
O número de desalentados
(pessoas que desistiram de procurar emprego) foi de 4,7 milhões de pessoas no
terceiro trimestre. Os maiores contingentes estavam na Bahia (781 mil) e no
Maranhão (592 mil) e os menores em Roraima (17 mil) e Amapá (19 mil).
O percentual de pessoas
desalentadas foi de 4,2%. Os maiores percentuais estavam no Maranhão (18,3%) e
Alagoas (16,5%) e os menores em Santa Catarina (1,1%), Rio Grande do Sul (1,3%)
e Distrito Federal (1,3%).
Empregos formais
Santa Catarina tinha o maior
percentual de empregados com carteira assinada (87,7%). Já o menor percentual
estava no Maranhão (49,9%).
As unidades da federação com
maior percentual de trabalhadores sem carteira de trabalho assinada no setor
privado foram Maranhão (50,1%), Pará (49,9%) e Piauí (49,9%). As menores taxas
foram observadas no Rio Grande do Sul (18,1%) e Santa Catarina (12,3%).
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