A Comissão de Constituição e
Justiça do Senado aprovou em primeiro turno na terça-feira, 10, o Projeto de
Lei 166/2019, que disciplina a prisão após a condenação em segunda instância. A
proposta, de autoria do senador Lasier Martins (Podemos-RS), foi elaborada após
articulação da ala lavajatista na Casa com o ministro da Justiça Sergio Moro.

Na versão apresentada na
comissão, essa prisão poderia acontecer “em decorrência de condenação criminal
por órgão colegiado”. O projeto também altera a redação de outros trechos do
CCP para permitir que o tribunal determine execução provisória de penas
privativas de liberdade sem prejuízo do conhecimento de recursos que venham a
ser apresentados. Na prática, isso abre a possibilidade para a prisão após
condenação em segunda instância.

A aprovação rompe um acordo
costurado no final de setembro por Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente do
Senado, entre líderes da Casa e da Câmara, para que fosse priorizada a PEC
(Proposta de Emenda à Constituição) 199/19, que está sendo discutida pelos
deputados, e o projeto apresentado por Lasier Martins.
A avaliação de Alcolumbre
era que a aprovação da questão por meio de uma PEC seria mais segura, embora
seja mais lenta, do que a votação de um projeto de lei, que pode ser
contestado. Para o deputado federal Alex
Manente (Cidadania-SP), autor da PEC da Câmara, a sua proposta garante mais
segurança jurídica que o projeto de lei do Senado. “A mudança sugerida no PLS
166 geraria conflito no STF”, afirmou na ocasião.
Conteúdo: ‘Veja’
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