Segundo a Coordenadora de
comitê, a mulher, de 72 anos, acumulava objetos desúteis há 10 anos. Após
limpeza, equipes devem pintar imóvel e moradora receberá atendimento
psiquiátrico.
Idosa acumulava lixo e objetos inservíveis dentro de casa em Ribeirão Preto — Foto: Kelly Cristina da Silva/Arquivo pessoal
Conteúdo: G1 Ribeirão Preto e Franca
Lixo, materiais recicláveis,
restos de comida, roupas velhas e móveis quebrados retirados da casa de uma
idosa encheram as caçambas de 10 caminhões, em Ribeirão Preto (SP), durante uma
operação de limpeza que durou dois dias e terminou nesta quinta-feira (12).
Segundo a coordenadora do
Comitê de Atenção às Pessoas em Situação de Acumulação, Kelly Cristina da
Silva, a moradora sofre com Síndrome de Diógenes, que a levou a acumular lixo
em casa há mais de 10 anos. Ela já era atendida pelas secretarias da Saúde e da
Assistência Social.
“A casa já havia sido limpa,
mas ela teve uma recaída. As equipes de combate à dengue passam com frequência
e disseram que a gente precisava agir. Agora, a gente mudou a metodologia, não
vai só limpar, mas dar condições de ela se sentir bem na casa”, explicou.
Equipes retiram lixo da casa de acumuladora em Ribeirão Preto — Foto: Alexandre de Azevedo/Prefeitura de Ribeirão Preto
Além da dona de casa, de 72
anos, também mora no imóvel um filho adotivo dela, de 22 anos. O jovem contou
aos assistentes sociais que desistiu de tentar ajudar a mãe. Durante a limpeza
nesta quarta-feira (10), cerca de 20 ratos e cinco escorpiões foram encontrados
no local.
“Ela não tem noção de
higiene, não tem noção de limpeza. Ela pega coisas do chão em meio ao barro e
come. Ela não toma banho”, afirmou Kelly. “Muita barata, muito rato. A pia dela
estava cheia de cocô de rato, o fogão. É Deus que cuida, só Deus mesmo”, completou.
A coordenadora do Comitê
disse que tudo o que estava na casa foi descartado, inclusive objetos pessoais
da idosa e do filho. O imóvel será mobiliado a partir de doações. No final de
semana, as equipes da Prefeitura também vão pintar as paredes e cimentar o
quintal.
”A gente vai trazer umas
amigas para tomar café, incentivá-la a deixar tudo arrumado e a Assistência
Social vai continuar acompanhando, inclusive com a equipe da Saúde Mental,
porque ela mesma tem consciência de que precisa tratar, mas precisa de ajuda”,
finalizou.
O Comitê de Atenção às
Pessoas em Situação de Acumulação foi criado em agosto e é formado por equipes
das secretarias de Saúde, Negócios Jurídicos, Meio Ambiente e Infraestrutura,
da Coordenadoria de Limpeza Urbana, da Defesa Civil e da Guarda Civil
Metropolitana.
Após limpeza, equipes vão pintar a casa de acumuladora em Ribeirão Preto — Foto: Kelly Cristina da Silva/Arquivo pessoal
Segundo a Prefeitura, há
cerca de 100 acumuladores que estão sendo atendidos dentro de um cronograma. As
denúncias são centralizadas pela Assistência Social e as doações às famílias
são recebidas pelo Fundo Social de Solidariedade, que também compõem o comitê.
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