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Preço da carne vai recuar em 2020, mas será maior do que o registrado até setembro, dizem frigoríficos

Associação diz que haverá um "ponto de equilíbrio" no valor da carne bovina a partir do ano que vem, com apetite chinês estabilizado, mas ainda em um patamar elevado.



Por G1 


A associação que representa os frigoríficos exportadores de carne bovina (Abiec) disse nesta terça-feira (9) que os preços da proteína no mercado brasileiro em 2020 devem diminuir em relação a outubro e novembro, mas seguirá mais cara em relação aos meses entre janeiro e setembro.

“Eu acho que (na média) nós não vamos retroagir nos preços da arroba e nem no preço de carne. Não vai ficar nos patamares do momento de oscilação maior (outubro e novembro), mas não vai voltar aos preços ortodoxos de antes. Vai encontrar um ponto de equilíbrio”, disse o presidente da Abiec, Antônio Camardelli, durante coletiva em São Paulo.

A associação afirma que, para 2019, 25% da produção brasileira de carne bovina será vendida ao exterior, uma situação inédita no setor. A média histórica está entre 20% e 22%. Com o resultado, 75% do que foi produzido ficou no mercado interno.

Exportações recordes

Segundo a associação, as exportações serão recordes em 2019. Com dados preliminares para dezembro, a venda de carne de boi para o exterior deve chegar a 1,82 milhão de toneladas, alta de 11,7% em relação a 2018. Em receita, o valor alcança US$ 7,45 bilhões (+13,3%).

Levando em conta apenas o mês de dezembro, a estimativa da associação é que o volume de exportação seja o segundo maior do ano, alcançando 185,3 mil toneladas, atrás apenas das 197,5 mil toneladas de outubro.


Apetite chinês

Somente para a China, as exportações até novembro subiram 39,5%, chegando a 410,4 mil toneladas contra 294,2 de 2018. Em receita, a alta é de 59,75%: US$ 2,17 bilhões contra US$ 1,36 bilhão do ano passado.

Para Camardelli, a venda de carne bovina para os chineses já teria aumentado naturalmente este ano por conta do grande volume de frigoríficos autorizados este ano (22), mas que a crise de peste suína africana no país foi um “agravante” no processo.

O dirigente afirmou que, para 2020, as vendas para China devem ser de 600 mil toneladas, o que representaria um aumento em torno de 30% em relação a 2019.

Mesmo com o número maior, a previsão da Abiec é de que as exportação serão estáveis, girando em torno de 50 a 60 mil toneladas por mês, sem picos de vendas como os que ocorreram entre outubro e novembro deste ano.

"Esse 'soluço' de outubro, novembro e dezembro proporcionou esse desajuste (de preços). A expectativa é que haja uma acomodação de demanda e volumes", diz Camardelli.

"Os preços também já sinalizaram uma diminuição da China. A expectativa é que ainda haja uma 'zona cinzenta' até o ano novo chinês, depois se estabilize", completa o presidente da Abiec.

Na próxima semana, uma comitiva do setor de inspeção sanitária da China (GACC, na sigla em inglês) virá ao Brasil para ajudar os frigoríficos a entenderem os questionários do país e facilitar a habilitação de novas plantas.

A Abiec disse que não deverá haver a autorização de novos frigoríficos na visita.

Setor projeta novo recorde em 2020
Para 2020, a estimativa do setor é que o ritmo de crescimento das exportações se mantenha e gere um novo recorde.

A projeção é de que o volume negociado suba 13%, chegando 2,06 milhões de toneladas, com faturamento de US$ 8,5 bilhões de dólares (+15%).


Manutenção dos mercados atuais e aumento de vendas para a Rússia, Irã e abertura de novos mercados, como os Estados Unidos justificam essa expectativa.

Acordo UE-Mercosul

A Abiec também informou como deverão ficar as cotas de importação de carne bovina do Brasil dentro do acordo entre União Europeia e Mercosul, anunciado em junho e que ainda aguarda aprovação dos parlamentos de todos os países envolvidos.

No pacto, o bloco sul-americano terá direito a exportar com taxação menor 99 mil toneladas, sendo 55% resfriada e 45% congelada.

Na divisão, o Brasil terá direito a exportar 42,5% da cota, na frente de Argentina (29,5%), Uruguai (21%) e Paraguai (7%).

Somando a Cota Hilton, de 10 mil toneladas de cortes especial sem tarifas, que o Brasil tem direito. Com isso, os frigoríficos do país terão possibilidade de vender 52 toneladas de carne bovina em condições mais competitivas.

Embargo dos EUA à carne in natura

Sobre a manutenção do veto dos Estados Unidos à carne bovina in natura do Brasil, a Abiec acredita que os americanos devem dar uma resposta definitiva até o fim do primeiro trimestre de 2020.

Camardelli disse que a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, apresentou todos os esclarecimentos dos frigoríficos brasileiros ao governo americano em novembro, quando ela visitou o país. Porém, ainda não há uma nova data de inspeção das indústrias brasileiras de carne.


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