Em 2020, eventos como um
eclipse solar total e várias chuvas de estrelas fascinarão milhares de pessoas
ao redor do mundo.
Eclipse solar visto do Observatório de La Silla, no Chile. Em dezembro de 2020, haverá um eclipse solar total que poderá ser visto no sul do planeta — Foto: Martin Bernetti/AFP
Por BBC
O ano que passou nos trouxe
muitas coisas em assuntos astrofísicos. Tivemos eventos como o grande eclipse
solar em julho, que pôde ser vistos na Argentina, Chile e Uruguai.
Os cientistas também nos
deram boas notícias sobre o espaço: a publicação, por exemplo, da primeira
imagem de um buraco negro, apresentada por um grupo de cientistas da Nasa,
graças à colaboração de especialistas em computação como Katie Bouman. E o que
haverá no próximo ano?
Graças a avanços
tecnológicos, a observação espacial foi facilitada e fenômenos astrofísicos
podem ser previstos com mais precisão. O calendário astronômico para 2020
prevê, por exemplo, uma grande atividade lunar. Mas também aponta que teremos
que esperar até o final do ano para poder testemunhar um eclipse solar total.
Abaixo, quatro dos fenômenos
mais interessantes a serem observados no céu em 2020.
1. Eclipse total do Sol
Teremos que esperar até 14
de dezembro para podermos apreciar o único eclipse solar total de 2020, um
evento que ocorre quando a lua bloqueia a passagem da luz solar.
O fenômeno poderá ser visto
sobretudo no hemisfério sul, especialmente em algumas áreas da Nova Zelândia,
Chile e Argentina. Também poderá ser visto parcialmente em áreas do Brasil.
Em 2020, também haverá outro
eclipse solar; não será total, mas anular, quando a Lua não está tão perto da
Terra a ponto de bloquear o disco solar. O eclipse anular de 2020 ocorrerá em
21 de junho.
2. A superlua
A superlua de 2018 é vista perto da estátua do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro. Em 2020, a superlua poderá ser vista de março a maio, durante as fases da lua cheia — Foto: Ricardo Moraes/Reuters
O dia 9 de março trará um
dos eventos mais marcantes do ano: a superlua. Isso ocorre quando o satélite
natural está mais próximo da Terra e coincide com a fase da lua cheia.
De acordo com os calendários
de vários países, o fenômeno pode ser observado pela manhã e durante o pôr do
sol. Nesses dias, a Lua parecerá 7% maior e 15% mais brilhante, e muitos
observadores não especializados talvez nem percebam a diferença.
Após a superlua de março, o
fenômeno será repetido em 7 de abril e 9 de maio. 2016 foi o ano em que a Lua
esteve mais próxima da Terra desde 1948 e ela não retornará a essa posição até
2034.
3. As Perseidas
Jovem observa o céu, com a Via Láctea vista ao fundo, durante chuva de meteoros Perseidas durante a madrugada em Kozjak, na Macedônia — Foto: Ognen Teofilovski/Reuters
As chuvas de estrelas são,
na verdade, chuvas de meteoros vistas em intervalos regulares porque
correspondem a momentos em que a Terra passa por rotas de "lixo"
espacial.
Embora durante o ano ocorram
várias chuvas de estrelas (janeiro, abril, maio e junho) e todas valham a pena,
talvez as mais impressionantes para os fãs estelares sejam aquelas que ocorrem
em agosto e dezembro.
As que ocorrem no oitavo mês
do ano foram chamadas de Perseidas ou Lágrimas de São Lourenço (10 de agosto
marca o dia de São Lourenço em vários dos países onde o fenômeno pode ser
visto).
O espetáculo vêm dos fachos
de luz de detritos — rochas deixadas pelo cometa Swift-Tuttle, descoberto em
1860 — entrando em combustão pelo atrito com a atmosfera terrestre.
Os dias mais ativos desse
fenômeno serão 12 e 13 de agosto.
4. As Geminídeas
Geminídeas: auge acontece todos os anos no mês de dezembro — Foto: AFP
Um dos últimos espetáculos
celestes de 2020 será a chuva de estrelas das Geminídeas. Ela ocorre uma vez
por ano na Terra, pelo meio de dezembro.
Isso porque é neste mês que
normalmente nosso planeta, em sua trajetória ao redor do Sol, está cruzando a
órbita do asteroide 3200 Faetonte, onde há milhares de pequenas rochas e destroços
do asteroide no espaço.
Ao cruzar essa região, os
detritos do asteroide entram na atmosfera da Terra. Se o céu estiver limpo, é
possível ver até 120 "estrelas cadentes" por hora no céu, no momento
de pico do fenômeno.
São as chuvas de meteoritos descobertas
mais recentemente, bem no final do século 19, enquanto outros fenômenos
semelhantes - como as Perseidas ou os Leônidas - foram descritos há mais de
1.000 anos.
As datas para apreciar esse
fenômeno serão de 13 a 15 de dezembro de 2020.
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