Ao todo, foram arrecadados R$ 665,9 bilhões, o valor mais baixo desde 2009. A queda ocorre em meio ao adiamento do recolhimento de alguns impostos e redução de alíquotas. Apesar de seguir a sequência de baixas, os índices de junho mostram recuperação de 11% ante maio, que registrou queda de 33%. Janeiro foi o último mês que a Receita Federal apresentou dados positivos, com aumento de 4,6%.
A queda na arrecadação é reflexo das medidas do Ministério da Economia para postergar o pagamento de alguns impostos e redução de alíquotas, afirma Claudemir Malaquias, auditor-fiscal e chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal. “Como os valores não apresentam desoneração, e sim uma postergação do pagamento, eles devem ser recuperados até o fim deste ano.” Apesar da sequência de baixas na arrecadação, o governo federal afirma que a economia está em passo de recuperação desde o fim de maio. “Vários indicadores, como o consumo de energia e as transações por cartão de crédito apontam para essa retomada”, afirma Erik Alencar de Figueiredo, subsecretário de política fiscal da Secretaria de Política Econômica (SPE).
Os dados da soma da Receita Federal para julho estão sendo compilados e também apontam para a recuperação da economia, afirma Malaquias. “A nossa arrecadação é concentrada no fim do mês, mas estamos otimistas com os primeiros números que temos. A trajetória de crescimento deve seguir nos próximos meses, e isso vai refletir na arrecadação dos tributos”, afirma.
*Com informações de Jovem Pan.