Com o objetivo de conhecer mais sobre a relação das crianças e adolescentes em idade de 6 a 17 anos com a internet e se os pais estão atentos ao uso da rede por seus filhos, o Núcleo de Inteligência e Pesquisas da Escola de Proteção e Defesa do Consumidor do Procon-SP investigou o tema com pesquisa direcionada aos pais.
Realizada por meio de questionário disponibilizado no site do Procon-SP, no período de 12 a 21 de agosto, a pesquisa foi respondida por 1122 consumidores, sendo 55,88% (627) com filhos em idade de 6 a 17 anos e, destes, 91,55% (574) responderam que seus filhos possuem acesso à internet.
Quando os entrevistados com crianças e adolescentes com acesso à internet foram perguntados sobre o grau de controle sobre o conteúdo acessado pelos filhos, apenas 42,16% dos entrevistados consideram que tem o controle total, 52,96% afirmaram ter controle parcial e 4,88% revelou não ter nenhum controle.
Dos pais que têm controle parcial ou total, 74,54% consideram que o tipo de controle mais eficaz é conversar abertamente com seu filho sobre os riscos e questioná-lo sobre o que está vendo ou fazendo. O diálogo aberto, com orientações é sempre a melhor forma de prevenção. A utilização de aplicativos específicos que bloqueiam acessos considerados inapropriados, bem como, o limite de horário de uso são formas que auxiliam ao controle, visando à segurança dos usuários.
Em relação ao comportamento do filho, foi indagado se o entrevistado percebeu alguma mudança decorrente da sua relação com a internet: a maioria (69,34%) afirmou que não, mas cerca de um terço dos entrevistados, 30,66%, afirmou que sim. As mudanças mais citadas pelos que responderam que sim foram: transtornos psicológicos, tais como irritação, isolamento social e outros (78), sofrimento por estar desconectado (63), aumento de conhecimento, tanto de conteúdo como uso de aplicativos e ferramentas de informática (57).
“A pesquisa feita pelo Procon-SP causa certa preocupação. Impressiona o dado que revela que quase 60% dos pais não têm controle total do uso que seus filhos fazem da internet, havendo enorme perigo de os menores serem abordados por criminosos e terem contato com sites inadequados. Outro destaque é o que mostra que, segundo um terço dos entrevistados, as crianças e adolescentes que acessam a internet apresentaram algum transtorno de comportamento ou psicológico. É preciso prevenir os pais para os malefícios que o acesso à rede sem controle e supervisão pode causar”, alerta Fernando Capez, secretário de defesa do consumidor.
Dos entrevistados com crianças e adolescentes na idade investigada e acesso à internet, a maioria afirmou que os filhos acessam a rede com mais frequência em casa (99,48%) e pelo celular (48,46%). Sobre junto de quem o menor utiliza a internet com mais frequência, 52,26% responderam com acompanhamento dos pais e 43,21% sozinhos.
A pesquisa perguntou aos entrevistados com qual frequência seu filho manifesta querer comprar algo que foi anunciado na internet: a maioria, 56,27% (323) respondeu que às vezes, 9,58% (55) sempre e 34,15% (196) nunca.
Os anúncios na internet são frequentes e podem ocorrer em qualquer conexão. Ainda que o objetivo do acesso não seja pesquisar algum produto ou serviço para compras, crianças e adolescentes têm contato com os anúncios e são “convidados” a comprar. Os resultados apontam que o contato com a publicidade existe e que há uma efetiva influência no desejo de compras.
Tempo de conexão diária e a finalidade do uso
De acordo com os 574 entrevistados, 32,06% das crianças e adolescentes permanecem conectados mais de 2 até 4 horas por dia, seguidos por 27,53% que se conectam de mais de 4 até 6 horas por dia. E para 37,98% a finalidade do acesso é para estudar, seguidos de 34,32% que acessam para assistir a vídeos e filmes, com fins recreativos; e ainda há 19,51% (112) que utilizam a internet para jogar e 5,23% (30), para conversar nas redes sociais.
Ataques virtuais
Os pais também foram perguntados se seu filho já havia sido vítima de algum ataque virtual: quase todos (95,47%) responderam que não, mas 4,53% afirmaram que sim. Para aqueles que disseram sim, foi questionado qual ou quais (permitindo a escolha de mais de uma alternativa). Os três mais apontados foram: 12 citaram que seus filhos foram vítimas de predadores virtuais, 10 de download acidental de malware, 7 de bullying virtual. (Com informações Assessoria de comunicação/Procon-SP)
*Com informações do repórter Beto Ribeiro.
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