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90% das vítimas de feminicídio foram mortas pelo companheiro ou pelo ex, aponta anuário




Os casos de feminicídio no Brasil cresceram 1,9% no primeiro semestre de 2020 em relação ao mesmo período do ano passado. No total, foram 648 mulheres assassinadas por causa do gênero nos primeiros seis meses deste ano. Os dados fazem parte do Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgado nesta segunda-feira (19). Em 2019, o país registrou 1.326 vítimas de feminicídio — um crescimento de 7,1% em relação a 2018. Desse número, 66,6% eram mulheres negras, 56,2% tinham entre 20 e 39 anos e 89,9% foram mortas pelo companheiro ou ex-companheiro.

Quanto aos casos de violência contra a mulher durante a pandemia, os registros de agressões em decorrência de violência doméstica nas delegacias caíram 9,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Em compensação, aumentou em 3,8% o número de ligações para o 190 para relatar a mesmo ocorrência. Ao todo, foram 147.379 chamados abertos. “São dados que preocupam, mas por um lado já eram esperados. Na China, já tínhamos relatos de incremento da violência domestica como consequência da pandemia”, explicou Samira Bueno, diretora-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.



Em 2019, foram registradas uma agressão física a cada 2 minutos — no total, são 266.310 registros de lesão corporal dolosa em decorrência da violência doméstica, que caracteriza um crescimento de 5,2% em relação ao ano de 2018. Em razão disso, a Polícia Civil solicitou 349.942 medidas protetivas de urgência em 21 estados brasileiros — quase mil por dia. A diretora-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública Samira Bueno, entretanto, alertou que esses casos são subnotificados — visto que eles são baseados apenas nos boletins de ocorrência. “Esses feminicídios, por exemplo, são aqueles mais fáceis de serem identificados, seja porque a autoria era conhecida ou porque era explícito.”

Em relação à violência sexual em 2019, foram registrados um estupro a cada 8 minutos. No total, foram 66.123 vítimas. Desse número, 70% eram vulneráveis — seja por serem crianças, adolescentes, pessoas com deficiência cognitiva ou que estavam alcoolizadas. Do total, 57,9% das vítimas tinham no máximo 13 anos e 85,7% eram do sexo feminino. Dos estupros registrados, 92,5% tinham um único autor e 7,5% foram coletivos.

*Com informações de Jovem Pan.









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