Mesmo com as constantes mudanças digitais, a mineira Raquel Camargo, que mora em Toronto, no Canadá, há pouco mais de seis meses, não abre mão dos atendimentos presenciais nos bancos. Bem diferente da jornalista Amanda Lima, que já era adepta dos aplicativos bancários para o pagamento de contas — mas não dispensava o dinheiro em espécie na carteira para uma emergência. Com a chegada da pandemia, ela conta que se tornou de vez usuária do mundo digital.
O isolamento social impulsionou o aumento das operações via aplicativo. Não é atoa que o Brasil agora ocupa o 4º lugar no mundo em números de transações e pagamento de contas por aproximação. O comportamento vem sendo cada vez mais frequente após a chegada da pandemia. É o que aponta uma pesquisa inédita realizada por uma empresa de consultoria em inovação e transformação digital para grandes empresas. O levantamento, feito com mais de 400 voluntários em todo o país, revelou mudanças nos hábitos financeiros e que o banco do futuro é visto com olhos diferentes pelo consumidor — que busca praticidade sem sair de casa ou do trabalho.
Segundo o a pesquisa, 64% dos clientes diminuíram a frequência de saques, enquanto 33% dos clientes de bancos digitais gostariam de ter uma agência física disponível. E 14% das pessoas ainda não confiam ou se sentem 100% seguras em bancos totalmente digitais. Walter Galvão Neto, sócio-diretor da instituição, explica que de julho pra cá, houve um aumento de 30 à 40% na procura de empresas interessadas em entrar no universo digital e que a tendência veio para ficar. Walter ressalta ainda um outro ponto da pesquisa que mostrou que cerca de 92% dos entrevistados tem interesse em educação financeira após passar pela crise.
*Com informações de Jovem Pan.
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