Três crianças, de 6, 11 e 12 anos, foram resgatadas do mar em Guarujá, no litoral de São Paulo, após serem arrastadas por uma corrente de retorno. O primeiro a alcançar o trio e ajudar no salvamento foi um policial militar ambiental que estava de folga e surfava no momento do afogamento. O caso ocorreu na manhã desta terça-feira (6), na Praia de Pitangueiras.
Ao serem arrastadas pela correnteza, as crianças começaram a gritar, pedindo ajuda. Segundo informações preliminares, um homem de 39 anos e uma mulher de 34, que seriam pais de duas das crianças e tios da terceira, tentaram chegar ao trio, mas também acabaram atingidos pela corrente. Eles foram retirados do mar pelos salva-vidas que atuam na região.
“Eu sempre faço uma oração antes de sair de casa, pedindo para Deus guiar meus passos. Então, me veio na cabeça a vontade de ir surfar. Cheguei à praia por volta das 11h, peguei algumas ondas e parei para esperar as ondas diminuírem. Foi quando ouvi um grito de socorro e vi uma cabecinha se afogando, e depois mais duas. Comecei a furar as ondas até chegar nelas”, conta.
Primeiramente, Aguiar colocou a criança mais nova em cima da prancha, e depois salvou os dois maiores. Ele lembra que, a todo momento, tentava acalmar o trio, que estava chorando, e orientou sobre o que eles deveriam fazer caso fossem atingidos por outra onda. Por estar em uma prancha pequena, na qual não cabiam as três crianças, ele precisou administrar a situação, até a chegada de ajuda.
“Eu sabia que seria impossível sair com os três do mar. Fiquei segurando eles, até que um outro surfista se aproximou e veio me ajudar. Passamos o maior ‘perrengue’, parece até que levei uma surra. Quando os guarda-vidas chegaram, nós saímos com os três do mar”, revela o policial.
Para Aguiar, ter a oportunidade de ajudar a salvar essa família foi o melhor presente de aniversário que poderia ter ganhado. Ele revela que também tem um filho pequeno, e não se perdoaria se algo de ruim acontecesse ao trio. Logo após sair do mar, ele ganhou um abraço e um agradecimento da mãe das crianças.
“Foi muito gratificante. Eu estava no lugar certo e na hora certa. Eu sempre sigo um salmo na minha vida, que diz que ‘ao homem que teme o Senhor, Ele o instruirá no caminho que deve escolher’. Acredito que foi isso que aconteceu nesta terça, foi Deus que me levou para aquela praia. É uma sensação maravilhosa saber que ajudei a salvar alguém”, finaliza.
*Com informações do repórter Beto Ribeiro.
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