Exclusivo! Entrevista com José Carlos Zanchetta, presidente da Zanchetta Alimentos, empresa que prevê a geração de 3 mil empregos diretos e 9 mil indiretos em Conchal
Além do abatedouro, o investimento de R$ 730 milhões
contempla a estrutura agropecuária - fábrica de ração, incubatórios, granjas de
aves matrizes - e uma fábrica para a produção de farinha de vísceras e penas
voltada ao segmento de ração para animais de companhia. O complexo deverá gerar
3 mil empregos diretos e outros 9 mil indiretos, beneficiando cerca de 50
cidades.
As obras do complexo estão localizadas às margens da estrada que interliga Conchal ao distrito de Martinho Prado.
Em uma visita a obra, realizada pelo Sr. José Carlos Zanchetta, presidente da Zanchetta Alimentos, empresa que
prevê a geração de 3 mil empregos diretos e 9 mil indiretos em Conchal, o F5
Conchal teve o prazer de entrevistá-lo. Segue abaixo a entrevista.
F5 - Com mais de 600 municípios no Estado de São Paulo, por que escolheu Conchal para instalar os Alimentos Zanchetta?
Zanchetta - “Conchal, primeiro, tem o rio.
Qualquer planta frigorífica precisa de água. Temos o rio Mogi Guaçu. Segundo
aspecto importante: precisa de energia. Tem uma subestação para aquele terreno.
A posição logística daquele terreno que foi escolhido é favorável tanto no
aspecto de água, energia e rodovia. Então Conchal está bem localizada
logisticamente. Estamos próximos à Anhanguera, perto da Zefferino Vaz, próximo
da Washington Luiz, não distante da Don Pedro que vai para o litoral e da
rodovia que passa por Mogi Mirim, Mogi Guaçu e vai para o sul de Minas. Então é
o posicionamento logístico. E a empresa, como ela está no eixo Castelo, nós não
poderíamos sobrepor à empresa existente, teria que ser uma nova região. ”
F5 - A Zanchetta Alimetos fez essa pesquisa e escolheu Conchal ou ela foi buscada por pessoas de Conchal? Fiz essa pergunta justamente para quebrar um mito que surgiu desde a assinatura de 730 milhões, onde surgiram vários “pais da criança”. Por questões políticas várias pessoas disseram que foram elas quem trouxeram a Alimentos Zanchetta e, por esse motivo, perguntei se foram pessoas que buscaram a empresa ou foi uma iniciativa de vocês.
Zanchetta - “A Zanchetta fez essa pesquisa, eu mesmo vim conhecer Conchal. Lógico
que quando fizemos a pesquisa não identificamos apenas um único local, e sim, 3
locais. Aquela que tem a melhor posição é Conchal pelo aspecto logístico. ”
F5 - Esse trabalho de pesquisa começou por volta de 2013 / 2014, é isso?
Zanchetta - “Sim, ao redor disso. Em 2014 nós tínhamos atendido o limite da
capacidade da planta de Boituva, então nós tínhamos que identificar um ponto. ”
F5 - De 2015, data da pesquisa da empresa, até a assinatura do contrato de 730 milhões o que lhe deu segurança, de fato, para vir para Conchal?
Zanchetta - “Nós adquirimos o terreno em
2015 / 2016, esse foi o primeiro passo. Infelizmente, o terreno dependia de
documentações como inventário, retificação de área, etc. Nós não faríamos um
investimento significativo enquanto não tivéssemos o título da propriedade e
isso ocorreu no início do ano passado (2019). Nós passamos um período de
incertezas no país, tivemos até impeachment do presidente, com recessões… um período
difícil. Nós também aguardávamos a implementação e, no momento em que sentimos
confiança, fizemos contato com o prefeito Vando, a vice-prefeita Angela, junto
ao governador Dória. A terraplanagem foi iniciada e esperamos que a operação se
inicie em dois anos. ”
Zanchetta - “Com certeza, sem o momento adequado não se vai investir. Tem um outro lado relevante que eu fiquei sabendo após a vinda para Conchal: Conchal tem um perfil de minifúndio. Tem fazendas grandes com cana e tal, mas tem um perfil de minifúndio. Pela região, ela tem uma certa cultura agrícola, então já tem conhecimento com soja e isso também é relevante. ”
F5 - Sobre a situação do coronavírus: A Folha de São Paulo noticiou uma queda na bolsa, isso tem atrapalhado nos contratos?
Zanchetta - “O coronavírus é muito recente, ainda não temos a extensão que ele vai tomar. Se ele ficar controlado, não vai acontecer nada. Nós vamos para o Oriente Médio, para a China, Europa, América do Norte, Canadá, México, América do Sul, Chile, África… A empresa já exportou para mais de 50 países e aqui também vai exportar. Nós não acreditamos em nenhum problema, pode até ter um aumento das exportações. “
F5 - Das negociações da empresa e do atual governo municipal, está sendo satisfatório para a empresa? Estão sendo atendidas todas as necessidades? O município tem cumprido o seu papel?
Zanchetta - “Sim, estávamos discutindo hoje. Sempre que trazemos uma necessidade o
suporte do prefeito Vando nunca faltou. “
F5 - Realizada a terraplanagem, a empresa já começa a construir. Então a empresa começa a construir ainda esse ano (2020)?
Zanchetta - “Com certeza, as obras se
iniciaram e nosso conceito é que quanto mais tempo se demora para construir, ou
terminar uma obra, o custo é mais alto. Então você pode aguardar para iniciar,
mas depois que se inicia tem que ser terminado rápido. Não tem outa alternativa.
“
Zanchetta - “A construção de uma
indústria maior, grande, com um prédio grande é sempre uma estrutura de pré-moldados.
Na região tem várias empresas de pré-moldados, então ela não beneficia só o
município e sim a região. Eu diria a você o seguinte: pela construção da planta
em Boituva – que também foi uma construção do zero – nós chegamos a ter 18
empreiteiras e mais de 300 pessoas trabalhando na obra, mas a empresa tinha 60.
Então era 20% daquele contingente total. O momento da construção das
instalações vai trazer movimento para o município. “
F5 - O que você diria para os 28 mil habitantes do município, grande parte deles que estão desempregados e ansiosos pela vinda dessa empresa? É importante comentarmos sobre isso para que a população comece a se especializar.
Zanchetta - “O projeto é uma realidade e claro, não se constrói uma fábrica desse
tamanho de um dia para o outro. A primeira coisa é iniciar a obra e isso tem um
período de construção, mas a partir do momento que comece a próxima operação, a
contratação de mão de obra vai ocorrer e a prioridade é a população
conchalense. Só contrataremos de outro município caso não haja em Conchal. E a
mão de obra especializada nós acabamos de falar que é o suporte das Etecs em
mecânica, elétrica, automação, manutenção… A mão de obra operacional é treinada
na própria empresa. “
Nota F5 (Gean Mendes)
Foram poucos os veículos de
comunicação no Brasil que tiveram o privilégio de entrevistar este conceituado
homem reservado e de hábitos simples, porém de grandes contribuições para
economia nacional.
A equipe F5 Conchal e Região agradece
ao empresário José Carlos Zanchetta, presidente da Zanchetta Alimentos, por ter
proporcionado essa oportunidade de trazer a verdade ao povo de Conchal.
Comentários
Postar um comentário
Olá, agradecemos a sua mensagem. Acaso você não receba nenhuma resposta nos próximos 5 minutos, pedimos para que entre em contato conosco através do WhatsApp (19) 99153 0445. Gean Mendes...