Na reta final para as provas mais importantes do ano, a Maria Eduarda deu um tempo nas redes sociais. Fugindo das distrações, a estudante do 3º ano do Ensino Médio vai tentar uma vaga no curso de Psicologia e até criou uma rotina diferente de estudos para não perder tempo. “Eu resolvi fazer nessa reta final apenas exercícios, se tiver duvidas volto pra teoria. E, enfim, optei por esse modelo e largar o celular. Consigo deixar meu celular fora do ambiente que estou estudando.” Para o Coordenador do Curso Poliedro, Márcio Guedes, a estratégia da Maria Eduarda é certeira. “O vestibular é tão no detalhe, tão na casa decimal que gera uma aprovação. Não é desvalorizar ou ser insensível com o momento, a data, mas é lembrá-los do projeto.”
E como as provas são elaboradas com meses de antecedência, até dá pra tentar antecipar possíveis temas que podem ser cobrados. É claro, em um ano atípico marcado por uma pandemia, é provável que os testes demandem dos alunos um repertório amplo envolvendo a Covid-19. Mas, os professores alertam para que os jovens fiquem atentos a outros assuntos igualmente importantes, como por exemplo tabagismo, violência doméstica e fake news.
No caso da redação, não é diferente. O professor Thiago Braga reforça que, para se sair bem, o estudante deve tirar os últimos dias para praticar. “É bem importante manter a produção, receber feedback e continuar estudando os elementos básicos a todas as provas, como a norma culta. Tudo isso vai garantir um bom desempenho em qualquer vestibular.” A especialista em linguística Vivian Cristina Stella participou por três anos de bancas de correções de redação da Unicamp. Ela garante: com um plano de estudos e calma durante a prova, o resultado final será positivo. “Uma dica bem preciosa para quem vai fazer a redação é olhar os critérios levados em conta na correção. E sem dúvida, tem que produzir texto. É importante ter um fluxo para identificar o que você consegue escrever com mais facilidade.”
O psicólogo Roberto Debski alerta que não basta estudar o dia todo e descuidar da saúde física e mental neste momento. “O que eu aconselho sempre é que os alunos mantenham uma rotina diária e tenham tempo para fazer uma atividade física, meditação, gerenciamento de stress, se alimentar bem, dormir bem, ter momentos de lazer.” Uma pesquisa realizada pela Fundação Oswaldo Cruz entre julho e setembro mostrou que, durante a pandemia, 48,7% dos adolescentes têm sentido preocupação, nervosismo ou mau humor. O levantamento demonstrou ainda que as mudanças na rotina ocasionaram piora na qualidade do sono, falta de atividades físicas e aumento de horas na frente de telas. Por isso os especialistas reforçam que o momento é, sim, de focar nos estudos — mas com equilíbrio.
*Com informações de Jovem Pan.
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